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Brent afunda mais de 10% e toca mínimos de 2004

A matéria-prima tem sofrido sucessivas depreciações, fruto de um forte abrandamento da procura do barril de Brent resultante das restrições levantadas por todo o mundo, consequência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
16 Março 2020, 13h26

O preço do barril de petróleo Brent, negociado na bolsa de Londres e que é referência para Portugal, afunda esta segunda-feira, 16 de março, 10,90%, para 30,15 dólares, um mínimo histórico de março de 2004. Em Nova Iorque, onde se negoceiam o WTI, o barril de petróleo cai 8,41%, para 29,42 dólares.

A matéria-prima tem sofrido sucessivas depreciações, fruto de um forte abrandamento da procura do barril de Brent resultante das restrições levantadas por todo o mundo, consequência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A guerra de preços lançada pela Arábia Saudita também contribuiu para o status atual na negociação do barril do petróleo.

Na última semana, os preços do ouro negro afundaram-se na sequência da decisão saudita, o maior produtor de petróleo do mundo, de baixar o preço das suas exportações. Isto, depois de uma aliança entre a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a Rússia e outros nove produtores ter fracassado, no início de março, em Viena, Áustria.

Foi a primeira vez, desde que a aliança fora estabelecida em 2016, que não houve acordo sobre um novo corte da oferta conjunta do petróleo.

O corte na oferta fora previsto depois dos avanços da propagação do Covid-19 por todo o mundo. O objetivo era travar a queda da procura, fruto dos primeiros sinais de restrições de movimentos, voos e atividades produtivas e empresariais.

A OPEP estima que o total da procura de petróleo não ultrapasse, como tinha calculado inicialmente, a barreira psicológica dos 100 milhões de barris diários, mas que fique numa média de 99,73 milhões de barris em 2020.

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