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Brexit: 21% das startups britânicas planeiam sair de Londres

Em consequência do Brexit, uma em cada cinco empresas britânicas pretende abrir escritório fora do Reino Unido. Berlim, Paris e Estocolmo são exemplo das cidades eleitas, além dos continentes americano e asiático.
14 Fevereiro 2017, 12h55

O estudo anual do banco de Silicon Valley, “Startup Outlook Survey”, apurou que uma em cada cinco empresas britânicas planeia abrir um escritório europeu devido ao Brexit. Berlim, Paris e Estocolmo são exemplo das cidades eleitas por 21% das startups do Reino Unido.

Baseando-se em 940 respostas, a análise, publicada esta terça-feira, tem como objetivo avaliar as perceções das startups face às condições de negócios e o Brexit, assim como sobre a captação de recursos, contratação e questões de política.

Em consequência do Brexit, cerca de cinco startups mudaram-se para Berlim e mais de 39 empresas consideram moderadamente esta medida, segundo um artigo publicado no “The Financial Times”, em novembro passado.

A pesquisa também concluíu que 11% das startups britânicas estão a pensar mudar a sua sede do Reino Unido para um país europeu, após o referendo da UE. 1% dos inquiridos afirmaram que iriam transferir a sua empresa para a Europa, enquanto que 5% estão a pensar em sediar noutro continente.

A Smarkets, uma startup apoiada por Londres, avançou ao site “Business Insider”, em setembro passado, o seu plano de abrir um novo escritório numa cidade (não revelada) dos EUA, ainda este ano.

O facto de se tornar mais caro gerir um negócio (21%), a falta de oportunidades a longo prazo para funcionários não britânicos (32%), a maior dificuldade em angariar fundos de capital de risco (21%), em atrair variados talentos europeus (12%) e vender para a Europa (7%) são as principais preocupações dos líderes das startups britânicas.

Citado pelo “Insider”, Phil Cox, chefe da EMEA (Europe, Middle East, and Africa) e presidente da sucursal britânica, UK Branch, de Silicon Valley Bank, afirmou: “Os resultados do Brexit na nossa pesquisa deste ano são convicentes e temos o prazer de trazer alguns dados para uma conversa que tem sido, em grande parte, anedótica”.

Quando questionado pelo “Insider” sobre o facto de 80% das startups não pretenderem expandir-se para a Europa, o presidente alegou não se tratar de planear negócios na Europa continental. “Eles podem estar a pensar em abrir escritórios noutros continentes, nomeadamente os EUA e a Ásia, onde não é tão fácil gerir um negócio do Reino Unido devido a fusos horários ou línguas”, comentou.

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