Certo de que o mote da sua campanha eleitoral vai ser cumprido, Boris Johnson quer garantir que o Reino Unido não vai pedir mais extensões do Brexit.
A notícia avançada pelo The Guardian, esta terça-feira, explica que os parlamentares em Westminster vão-se reunir esta tarde para avançar com uma emenda à legislação do Brexit que dite que o Reino Unido vai sair da União Europeia em 2020 e não irá estender o período de transição, bloqueado, assim, a possibilidade de haver mais negociações entre Bruxelas e Londres.
Segundo o plano de Johnson, o Reino Unido abandonará o bloco europeu a 31 de janeiro. Uma vez aprovada a lei em causa, entra em ação o período de transição que tem a duração de um ano. Durante esse período, o Reino Unido permanecerá na união aduaneira da União Europeia e no mercado único, mas o governo não terá direito a voto nas instituições do bloco.
Mas tanto o Reino Unido como a UE têm até julho de 2020 para dizerem se esse prazo é, ou não, suficiente. Se houver acordo para uma extensão, as negociações podem estender-se por mais um ou dois anos. E é essa possibilidade que Johnson quer tornar ilegal.
“O nosso manifesto deixou claro que não irá extender o período de implementação e a nova lei no contrato de saída vai proibir legalmente o governo de concordar com qualquer extensão”, explicou uma fonte ao jornal britânico. A nova formação na Câmara dos Comuns deverá reunir-se na sexta-feira para debater e votar na nova emenda do Brexit, anunciou a mesma fonte. Com uma maioria de 80 deputados conquistada nas eleições da semana passada, o Partido Conservador de Boris Johnson não deverá ter dificuldades para fazer aprovar a proposta.
Os trabalhos na Câmara recomeçam hoje, com um calendário que inclui dois dias de juramento dos deputados, seguido pela abertura do Parlamento pelo Estado e depois pelo Discurso da Rainha, na quinta-feira.
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