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Brexit e disputa com União Europeia põem em causa fundos destinados à Polónia

O governo polaco considera a saída do Reino Unido da União Europeia mais ameaçadora do que as críticas em relação aos valores democráticos do país.
18 Dezembro 2017, 11h25

A saída do Reino Unido da União Europeia representa uma maior ameaça ao apoio do bloco à Polónia do que as críticas de que tem sido alvo sobre os seus valores democráticos. De acordo com o responsável do governo polaco pela anexação de fundos, “o Brexit pode definitivamente ter um impacto negativo, especialmente se levar a uma lacuna financeira que os países membros têm de cobrir”.

Os líderes da União Europeia têm criticado a Polónia, o maior recetor líquido dos seus fundos, por arrecadar cerca de 10 mil milhões de euros por ano e por, simultaneamente, não respeitar os valores da comunidade única.

Numa entrevista à agência Bloomberg, o vice-ministro do Desenvolvimento polaco, Jerzy Kwiecinski, disse que “a disputa com a União Europeia, até agora, não teve impacto no atual programa de financiamento”. “Porém, eu mentiria se eu lhe dissesse que a tensão ajuda o relacionamento”, sublinhou o governante sobre os planos do bloco em avançar com sanções políticas contra a Polónia.

A semana deverá ainda ser marcada por definição concreta do que é que o gabinete de Theresa May pretende em relação ao Brexit. Na sexta-feira, o Conselho Europeu mostrou-se disposto a avançar para as negociações sobre um período de transição, que mantenha o Reino Unido no mercado interno da União Europeia, e a relação futura, mas reiterou a necessidade de maior “clareza”.

Depois da reunião dos 27 líderes da União Europeia, na sexta-feira, o Conselho Europeu divulgou um documento onde se congratula “com os progressos alcançados durante a primeira fase das negociações” e confirma que são suficientes para passar à segunda fase relacionada com a transição e o quadro para a relacionamento futuro.

O governo britânico propôs um período de transição de cerca de dois anos com acesso ao mercado interno e união aduaneira europeia após a saída do Reino Unido, em março de 2019.

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