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Brexit está a obrigar britânicos a gastar mais com comida

Comércio a retalho retraiu 1% em março, comparado com o mês anterior. Este é já o primeiro declínio desde agosto do ano passado.
  • Peter Nicholls/REUTERS
11 Abril 2017, 19h46

Os custos da saída do Reino Unido da União Europeia começam-se a fazer sentir. Depois de se ter verificado um acréscimo significativo na fatura dos supermercados, o British Retail Consortium (BRC) anunciou esta terça-feira que o comércio retraiu, em média, 1% em março, comparado com o mês anterior, sendo este o primeiro declínio desde agosto do ano passado.

Segundo avança o jornal norte-americano Business Insider, a desvalorização da libra após o referendo britânico de 23 de junho, que deu vitória ao Brexit, veio aumentar os custos com os produtos comercializados. O BRC dá conta de que, ao longo dos últimos três meses, a venda de produtos não-alimentares, como roupa, artigos para casa e produtos de higiene caiu 0,8%. Esta é a maior queda mensal em quase seis anos.

Já os gastos com medicamentos conheceram uma subida de 1,2% em março. “As vendas de alimentos continuam a superar as vendas não-alimentares como os consumidores concentrar os seus gastos em itens essenciais”, sublinha Helen Dickinson, CEO do BRC, explicando que este crescimento é “impulsionado pelos preços de venda ao público que conheceram uma subida ligeira, devido à desvalorização da libra”.

Os vendedores esperam que a Páscoa venha estimular as vendas a retalho em abril. O ano de 2017, que coincide com o primeiro ano das negociações da separação do Reino Unido da União Europeia, é apontado pelos analistas como um ano díficil no que diz respeito à comercialização de produtos e serviços, que colocará sérios desafios ao Governo britânico.

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