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Brexit provoca quebra de 86 milhões de euros nas vendas de têxteis e vinho do Porto

Desde o referendo que ditou o Brexit que as exportações para o Reino Unido da indústria têxtil e do setor do vinho caíram 20% e 20,9%, respetivamente.
  • Foto DR
13 Dezembro 2018, 09h25

Os efeitos da saída do Reino Unido da União Europeia já se começam a fazer sentir em alguns setores da economia, como são os casos da indústria têxtil e vestuário e dos vinhos. Em Portugal, estas duas áreas já tiveram quebras de 86 milhões de euros ao nível das exportações, 80 milhões nas vendas têxteis e seis milhões no vinho do Porto, segundo o “Jornal de Notícias” desta quinta-feira.

Ao “JN”, o diretor geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Paulo Vaz, refere que ” o impacto já está a acontecer. Desde que o referendo que ditou o Brexit, as exportações da indústria têxtil e vestuário já perderam quase 20% do seu valor, o que é particularmente relevante quando pensamos no quarto maior mercado externo e com vendas superiores a 400 milhões de euros por ano”.

Em relação ao setor do vinho do Porto já havia contabilizado até ao passado mês de outubro, uma quebra de 20,9% nas vendas para o Reino Unido face ao período homólogo de 2017. António Saraiva, da Associação de Empresas de Vinho do Porto, assume que esta é “uma situação extremamente preocupante” e cuja indefinição não está a ajudar em nada os negócios com o quinto maior exportador da região.

O volume de exportações de vinho do Porto é de 290 milhões de euros, sendo que quase 30 milhões são para o Reino Unido.

Também o vinho verde está a gerar preocupação na região do Minho. Manuel Pinheiro, presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, afirma que “o Reino Unido é um dos mercados de maior relevo para o vinho verde”, sendo que “em 2017 representou 3,1 milhões de euros e em 2018 já ultrapassou este valor até outubro, estando a crescer 14%”, sublinhando que “fecharemos o ano próximos dos 3,5 milhões de euros de exportações. Sendo o Brexit preocupante, este clima de incerteza ainda o é mais”.

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