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‘Brexit’: Turquia defende a saída de mais países da UE

Recep Erdogan elogia a iniciativa tomada pelo Reino Unido e garante que, se não fechar negociações com a União Europeia até ao final do ano, vai cancelar as negociações iniciadas há 53 anos.
  • Recep Tayyip Erdogan
20 Novembro 2016, 12h22

O presidente turco, Recep Erdogan defendeu este domingo que mais países devem seguir o Reino Unido na sua saída da União Europeia (UE) e sublinha que o grupo europeu não é a única alternativa para a Turquia.

Segundo avança a imprensa turca, durante uma visita oficial ao Paquistão e Uzbequistão, Erdogan terá dito que “o ‘Brexit’ foi um bom jogo. E coisas semelhantes podem acontecer noutros países europeus e a Turquia deve sentir-se confortável”.

Recep Erdogan critica a União Europeia por ter mantido o país em lista de espera durante mais de cinquenta anos para entrar na comunidade europeia e não permitir que os cidadãos turcos visitem os estados-membros europeus sem vistos. O presidente reitera que se não fechar negociações com a UE até ao fim do ano, o país deve cancelar as negociações com a Europa.

Além disso, Ancara ameaça não pagar os três mil milhões de euros prometidos no acordo para a Turquia acolher refugiados deportados da União Europeia.

“Alguns podem-me criticar, mas estou a partilhar as minhas opiniões. Por exemplo, eu pergunto-me por que a Turquia não se junta à Organização para Cooperação de Xangai”, afirma o presidente turco. Erdogan adianta que já discutiu a ideia com o presidente russo, Vladimir Putin, que lhe assegurou que a possibilidade do país entrar nessa organização está a ser estudada para que a Turquia possa “agir de forma mais conveniente”.

A Organização para Cooperação de Xangai é um pacto político e económico formado há mais de dez anos pela China, Rússia, Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão, ao qual depois se juntaram o Uzbequistão e, em breve, a Índia e o Paquistão.

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