A Bright Pixel assinou a primeira parceria internacional com a Sonae IM, em Espanha, e já pensa nas próximas, também na Europa, disse ao Jornal Económico o cofundador do company building studio Alexandre dos Santos. No final do ano passado, a empresa iniciou negociações com a espanhola EGI Booster e, já no início deste ano, abraçou oficialmente o acordo.
Seguindo a tendência da unidade do grupo Sonae, a do investimento em tecnológicas das telecomunicações e do retalho, a Bright Pixel interessou-se pela EGI porque a espanhola tem um programa de aceleração de startups ligadas a sinergias entre estes setores.
“Trabalham com nove startups ao longo do ano, três programas de três meses com três startups de cada vez, o que faz com que trabalhem de forma muito intensa com cada uma delas e consigam ajudá-las muito naquilo que é o mais difícil para qualquer empresa em início de atividade: validar se aquilo que estão a desenvolver tem interesse comercial junto, neste caso, de retalhistas”, afirmou Alexandre dos Santos, em entrevista ao semanário.
O CIO pela empresa de refere que a EGI Booster é capaz de encaminhar as microempresas a uma pole alargada de retalhistas e que a empresa pode beneficiar de iniciativas como o encontro anual que organizam em Barcelona e dos programas mais especializados em soluções B2B na indústria SaaS. “Não são programas genéricos. E nós apoiamos financeiramente o programa e esse dinheiro acaba, depois, por ir para as empresas patrocinadas pelo programa. Por via indireta estamos também a investir neles”, frisou o mesmo porta-voz.
“Estamos a pensar fazer outras parcerias na Europa, nesta tónica vertical. Em Portugal já temos um conjunto de parcerias [Startup Braga, Porto Business School, etc.] mas o foco este ano é estender a estratégia a nível internacional. Estamos a olhar para França e já estamos em conversações com o Reino Unido, Londres”, adiantou, em declarações ao Jornal Económico.
Questionado sobre as soluções a que os projetos visam responder, o cofundador do company building studio salientou que os consumidores procuram cada vez mais ofertas em que nem sequer tenham de se dirigir à caixa quando vão às compras, à semelhança do supermercado da Amazon, pelo que é necessário criar novas oportunidades nesse campo. “É a nova moda”, caracterizou.
“Há muitos desafios hoje em dia no retalho, como o cruzamento de informação que se tem do cliente no mundo digital e o facto de ele se deslocar também às lojas: cruzar a informação digital, geralmente mais rica, com as entradas e saídas das lojas”, explicou o responsável Bright Pixel. “Não se tira partido das informações”, acrescentou.
Pelo meio de viagens na Europa e em Israel, a Bright Pixel vai também ser uma dos juradas na seleção das startups abrangidas pelo programa de aceleração com a EGI e fará mentoria aos empreendedores. Alexandre dos Santos assegurou quer poderão voltar a investir, mais tarde, nas empresas de que gostarem.
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