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Brisa e credores da Douro Litoral e da Brisal chegam a acordo

O acordo de princípio prevê que a Brisa mantenha a sua posição de acionista maioritária e operadora da infraestrutura rodoviária concessionada.
29 Agosto 2019, 11h52

A Brisa – Autoestradas de Portugal anunciou esta quinta-feira que chegou a acordo de princípio para a resolução das questões com os credores da Concessão Douro Litoral (AEDL) e da Concessão Litoral Centro (Brisal).

Quanto à Brisal, subsidiária da Brisa que detém a concessão da A17, o acordo de princípio prevê que a Brisa mantenha a sua posição de acionista maioritária e operadora da infraestrutura rodoviária concessionada, iniciando-se agora um processo de refinanciamento que implicará a substituição dos atuais credores, cujos créditos serão reestruturados, com perdão parcial da dívida.

Já com a AEDL a situação resolveu-se com a desistência de todos os litígios pendentes, independentemente da sua natureza; o reconhecimento dos credores enquanto acionistas da concessionária (controlando e nomeando a gestão da AEDL) e a manutenção da Brisa, no curto e médio prazo, como operadora da infraestrutura rodoviária concessionada, apesar de existir a hipótese de substituir o operador a qualquer momento.

O impasse que envolve as duas concessões rodoviárias foi originado pela insustentabilidade financeira em que se encontram as respetivas concessionárias.

No final de março, o Jornal Económico (JE) avançou que os credores da Brisal admitem pedir autorização ao Estado para assumirem o controlo desta concessão, à semelhança do que havia sido feito na AEDL. O grupo é constituído pelo Deutsche Bank, JP Morgan e os fundos SVP Global e Cross Ocean, entidades que estavam também na ‘guerra’ em torno da dívida da AEDL. Estes investidores compraram a dívida de 592 milhões de euros que a Brisal tinha para com vários bancos, com um desconto de 79,9%. Na altura, propuseram à Brisal um desconto de 45% sobre a dívida inicial, o que representa um encaixe de 326 milhões de euros, esperando um retorno de 269% sobre o montante investido.

Mais tarde, o JE soube que o Tribunal de Sintra rejeitou a providência cautelar que a Brisa interpôs no final de janeiro contra a tomada de controlo da concessionária AEDL pelo grupo de fundos credores.

No primeiro semestre de 2019, o tráfego na rede da Brisa Concessão Rodoviária cresceu 6% face ao período homólogo. Após uma subida de 5,6% registado no primeiro trimestre, entre abril e junho, ainda com o ‘efeito Páscoa’, acentuou-se o ritmo de crescimento. Este acréscimo de tráfego foi transversal aos diversos tipos de veículos: de 5,9% nos veículos pesados e de 6% nos automóveis ligeiros.

Notícia atualizada

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