[weglot_switcher]

Britânicos já votam para decidir o futuro Governo do Reino Unido e do Brexit

A líder conservadora, Theresa May, lidera as sondagens, com uma margem de distância de 7% face ao trabalhista Jeremy Corbyn, mas tal como se verificou com o referendo do Brexit nada é certo e os resultados da consulta popular pode vir a trazer surpresas.
  • Paul Hackett/Reuters
8 Junho 2017, 10h48

As urnas já abriram nas quatro nações que compõem o Reino Unido. Até às 22h00 desta quinta-feira, mais de 46 milhões de eleitores em todo o país escolhem quem vai ocupar os 650 lugares da câmara baixa do Parlamento entre os cinco candidatos às eleições gerais.

A líder conservadora, Theresa May, lidera as sondagens, com uma margem de distância de 7% face ao trabalhista Jeremy Corbyn, mas tal como se verificou com o referendo do Brexit nada é certo e os resultados da consulta popular pode vir a trazer surpresas. No pior cenário das sondagens para os tories, Jeremy Corbyn perde por apenas 1% dos votos para Theresa May e o partido continua sem maioria parlamentar.

Estas eleições acontecem 52 dias depois de Theresa May ter convocado eleições antecipadas, com a finalidade de legitimar o seu mandato no Parlamento e conseguir uma maioria que lhe permita aprovar, sem obstáculos maiores, decretos para a concretização do processo de saída da União Europeia, tendo em conta que nos últimos meses inúmeros projetos-lei foram chumbados pelo escrutínio dos deputados britânicos.

Os ataques terroristas marcaram a campanha eleitoral, depois de em pouco mais de três meses o Reino Unido ter sido alvo de três atentados. Por duas vezes, as ações de campanha foram suspensas, na sequência do ataque à Manchester Arena e do duplo ataque no coração de Londres.

As questões de segurança podem vir a ser o principal obstáculo à maioria de Theresa May. Na última semana, foi revelado que a líder conservadora, enquanto secretária dos assuntos internos, cortou o financiamento das forças de segurança e despediu milhares de polícias, colocando a ainda primeira-ministra debaixo de fogo. A oposição acusa-a de ter dificultado a eficácia das autoridades no controlo do terrorismo e na capacidade de dar uma resposta rápida ao problema.

A decisão de abandonar o bloco europeu e os desafios da concretização do processo de divórcio estão também em cima da mesa. Tanto os conservadores como os trabalhistas comprometem-se a promulgar o Brexit, embora com perspetivas diferentes. Theresa May quer um hard Brexit ao passo que Jeremy Corbyn quer, sobretudo, manter boas relações com a União Europeia.

Os resultados oficiais só devem ser conhecidos de madrugada, sendo que as reações do partidos só são esperadas para sexta-feira.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.