[weglot_switcher]

Brittney Griner: a basketebolista norte-americana que “desapareceu do mapa” em solo russo

É uma das melhores jogadoras de basquetebol de sempre, mas o seu paradeiro é desconhecido. Ao que tudo indica, terá sido detida por acusação de tráfico de droga, mas não está claro se a detenção está relacionada com motivações políticas.
16 Março 2022, 23h00

As imagens mais recentes de Griner que remetem ao mês passado são do sistema de vigilância do aeroporto internacional de Sheremetyevo, nos arredores da capital russa, Moscovo. Isto porque a atleta joga na equipa russa UMMC Ekaterinburg para não perder o ritmo durante as férias da sua equipa principal, o conjunto norte-americano Phoenix Mercury. Mas, subitamente, tudo mudou.

Nas imagens gravadas pelas câmaras de vigilância do aeroporto, é visível uma conversa com um homem, em que Griner faz sinal que “não” abanando a cabeça. A partir daqui, nada mais se soube. As informações que parecem mais credíveis, dizem que a basquetebolista terá sido detida com uma acusação de tráfico de drogas. No entanto, pela situação de invasão russa à Ucrânia, e toda a tensão gerada em torno desse conflito, não se sabe se a dita detenção estará relacionada com decisões políticas.

A atleta, de 31 anos, continua desaparecida ao fim de um mês de detenção (desde 17 de fevereiro) e o mais estranho, de acordo com muitas pessoas (desde jornalistas a adeptos da atleta) que têm acompanhado o caso, é que quase ninguém esteja a falar sobre isto.

“Se fosse um jogador da NBA [liga americana de basquetebol masculino] deste calibre… isto não só estaria na primeira página de todos os jornais desportivos, como nos meios de comunicação de todo o mundo”, disse Tamryn Spruill, jornalista desportiva que está a escrever um livro sobre o basquetebol feminino e sobre Griner, citada pela BBC News.

A jogadora é uma das melhores da Liga Feminina de Basquetebol dos Estados-Unidos, considerada por muitos a melhor jogadora no plano ofensivo e até uma das melhores de sempre. Foi campeã norte-americana em 2014 e por sete vezes foi escolhida para a equipa All-Star (que reúne as melhores jogadoras da competição), entre muitos outros prémios individuais). Com a seleção norte-americana, é bi-Campeã do Mundo (2014 e 2018) e bi-Campeã Olímpica (2016 e 2020).

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.