As imagens mais recentes de Griner que remetem ao mês passado são do sistema de vigilância do aeroporto internacional de Sheremetyevo, nos arredores da capital russa, Moscovo. Isto porque a atleta joga na equipa russa UMMC Ekaterinburg para não perder o ritmo durante as férias da sua equipa principal, o conjunto norte-americano Phoenix Mercury. Mas, subitamente, tudo mudou.
Nas imagens gravadas pelas câmaras de vigilância do aeroporto, é visível uma conversa com um homem, em que Griner faz sinal que “não” abanando a cabeça. A partir daqui, nada mais se soube. As informações que parecem mais credíveis, dizem que a basquetebolista terá sido detida com uma acusação de tráfico de drogas. No entanto, pela situação de invasão russa à Ucrânia, e toda a tensão gerada em torno desse conflito, não se sabe se a dita detenção estará relacionada com decisões políticas.
A atleta, de 31 anos, continua desaparecida ao fim de um mês de detenção (desde 17 de fevereiro) e o mais estranho, de acordo com muitas pessoas (desde jornalistas a adeptos da atleta) que têm acompanhado o caso, é que quase ninguém esteja a falar sobre isto.
“Se fosse um jogador da NBA [liga americana de basquetebol masculino] deste calibre… isto não só estaria na primeira página de todos os jornais desportivos, como nos meios de comunicação de todo o mundo”, disse Tamryn Spruill, jornalista desportiva que está a escrever um livro sobre o basquetebol feminino e sobre Griner, citada pela BBC News.
A jogadora é uma das melhores da Liga Feminina de Basquetebol dos Estados-Unidos, considerada por muitos a melhor jogadora no plano ofensivo e até uma das melhores de sempre. Foi campeã norte-americana em 2014 e por sete vezes foi escolhida para a equipa All-Star (que reúne as melhores jogadoras da competição), entre muitos outros prémios individuais). Com a seleção norte-americana, é bi-Campeã do Mundo (2014 e 2018) e bi-Campeã Olímpica (2016 e 2020).
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com