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Bruno de Carvalho suspeito de tirar meio milhão de euros ao Sporting

Em causa estão duas transferências de dinheiro que saíram do clube um dia depois da destituição do ex-presidente do clube. Verbas terão sido usadas para pagar a duas construtoras.
  • Cristina Bernardo
11 Dezembro 2018, 09h20

Duas transferências no valor de meio milhão de euros, que saíram do Sporting a 24 de junho, estão sob suspeita. Esta verba terá sido usada para alegadamente pagar a duas construtoras, não se sabendo a dívida que estava em causa, ou se a mesma existe. A data de pagamento foi feito um dia após Bruno de Carvalho ter sido destituído de presidente do Sporting, revela a edição do “Correio da Manhã” (CM) desta terça-feira.

Uma funcionária da contabilidade terá feito os dois pagamentos que ainda se encontram por explicar no dia 24 de junho, e de acordo com o CM, há suspeitas de que nesse dia as memórias dos computadores da SAD dos ‘leões’ tenham sido apagadas. Foi também nessa data e até à terça-feira seguinte, quando o ex-presidente aceitou sair das instalações do clube, que terão sido levadas todas as atas sobre a constituição das comissões transitórias.

Estas e outras situações foram detetadas na auditoria que decorre no Sporting, sendo que todos os casos que envolvam suspeitas de matéria-crime foram comunicados ao Ministério Público, para uma investigação autónoma.

Segundo o CM, existe outro processo sob investigação e que diz respeito ao pavilhão João Rocha, com a empresa que construiu o edifício a ter avançado contra Bruno de Carvalho, acusando-o de burla e associação criminosa, alegando que o ex-presidente terá ficado com uma garantia bancária de 375 mil euros.

A construtora diz ter entregue esta verba para assegurar o cumprimento da obra, o que acabou por acontecer, mas que dias antes de ser destituído, Bruno de Carvalho terá acionado e apropriado-se dos 375 mil euros. A empresa tentou reaver o dinheiro, inclusive já com a atual direção, exigindo ainda que fossem pagos os trabalhos “a mais”, no valor de cerca de quatro milhões de euros.

A queixa já terá entrado no Departamento de Investigação e Ação Penal com a construtora a exigir também mais de 200 mil euros de pagamentos de faturas relacionadas com a construção do pavilhão João Rocha.

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