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Bruxelas aprova compra da Mitsubishi pela Renault-Nissan

A Aliança franco-japonesa já pode consolidar a “compra da década” depois de um longo processo de averiguações levado a cabo pela União Europeia.
10 Outubro 2016, 13h26

A Renault-Nissan tem finalmente luz verde da Comissão Europeia para a aquisição de 34% da gigante automóvel japonesa Mitsubishi. Depois de um longo processo de escrutínio da parte da UE, a aliança franco-japonesa pode consolidar a compra da concorrente por 2, 02 mil milhões de euros – aquela que é já considerada a maior compra da década.

O negócio acontece poucos meses depois de ser conhecido que a marca Mitsubishi falsificou deliberadamente os números de emissões de gases de inúmeros modelos de carros para fugir aos impostos, o que se percebeu durante o processo de investigação ser uma prática com mais de 25 anos.

Com os 34% da Mitsubishi, a Renault-Nissan poderá nomear a administração e controlar o futuro da empresa, que depois de sucessivos erros de má gestão e problemas financeiros, quase foi empurrada para a falência. A marca cessou a produção de veículos em 2008 na Austrália, depois na Europa em 2012 e três anos depois nos EUA.

Com a entrada de capital da Aliança, prevê-se que o fabricante nipónico reformule, por completo, a sua atual gama de SUV e jipes – onde é uma referência de mercado – e invista no seu potencial tecnológico, em que domina numa série de áreas.

Em 1999, a compra de 36,8% da também japonesa Nissan, que estava à beira da falência, pela Renault, conduziu a um disparar desenfreado dos lucros de ambas as empresas, colocando-as no patamar das marcas automóveis a nível global.

 

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