A União Europeia (UE) admite não teve qualquer indicação do sucesso da proposta do Barclays e do Deutsche Bank em investirem, cada um, até 2 mil milhões de euros no (agora extinto) Banco Popular. O Conselho Único de Resolução (CUR) da UE garante ainda que “nenhuma solução poderia ter impedido o colapso do banco”, avança o jornal espanhol “Expansión”.
“Em relação aos rumores recentes sobre um aumento de capital potencial garantido pelo Deutsche Bank e Barclays, o CUR gostaria de notar que não havia indicação no momento da resolução de que qualquer medida do setor privado poderia ter impedido a queda de Banco Popular dentro dos prazos disponíveis”, explica o CUR em comunicado.
Bruxelas não esclarece, no entanto, se as autoridades europeias tinham conhecimento das propostas de aumento de capital apresentadas e as recusaram por considerarem que seria insuficientes para evitar o colapso, ou se a UE não teve sequer conhecimento da intenção do Barclays e do Deutsche Bank.
No início de junho do ano passado, o Banco Central Europeu (BCE) determinou que o banco não era viável e recomendou a sua resolução. O CUR insiste que a decisão de resolver o banco teve como base o interesse público. “Ao desencadear a venda, o banco Popular pôde continuar a operar em condições comerciais normais”, sustenta Bruxelas.
O espanhol Santander Totta anunciou então que estaria disponível para comprar o Banco Popular pelo preço simbólico de um euro. No final de dezembro, o Santander Totta concluiu a aquisição e fusão com o Banco Popular Portugal, após obtidas as autorizações dos reguladores.
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