Bruxelas investe mais de 220 milhões em projetos ecológicos e com baixas emissões de carbono

O financiamento da UE fomentará investimentos adicionais, num total de 398,6 milhões de euros para aplicação em 144 projetos novos em 23 Estados-Membros. Este apoio provém do programa LIFE para o ambiente e a ação climática e afetará 323,5 milhões de euros a projetos nos domínios do ambiente e utilização racional dos recursos, natureza e biodiversidade, assim como da governação e da informação em matéria de ambiente.

O programa LIFE é o instrumento de financiamento da UE para o ambiente e a ação climática. Foi lançado em 1992 e já permitiu cofinanciar mais de 4300 projetos em toda a UE e em países terceiros, mobilizando 8,8 mil milhões de euros e contribuindo com um total de 3,9 mil milhões de euros para a proteção do ambiente e o clima. A cada momento, há cerca de 1100 projetos LIFE a decorrer em simultâneo. O programa LIFE, que contempla um subprograma Ambiente e um subprograma Ação climática dispõe para o período 2014–2020 de um orçamento de 3,4 mil milhões de euros a preços correntes.

No âmbito do atual compromisso da Comissão no seu emblemático pacote de medidas relativas à economia circular. É concedido um número significativo de subvenções para ajudar os Estados-Membros na transição para uma economia mais circular. Entre os projetos reconhecidos em 2016, incluem-se os novos veículos elétricos a hidrogénio para recolha de lixo (Bélgica), tecnologias pioneiras para reduzir os riscos para a saúde ligados às lamas de águas residuais (Itália) e um projeto destinado a ajudar municípios da Grécia, como Olympia, a aumentarem as suas taxas de reciclagem.

No domínio da ação climática, o investimento vai apoiar a adaptação às alterações climáticas, a atenuação das alterações climáticas e projetos de governação e de informação em matéria de clima, num montante de 75,1 milhões de euros. Os projetos selecionados apoiam o objetivo da UE de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em, pelo menos, 40 % até 2030, contribuindo, assim, para a transição para uma economia hipocarbónica e resiliente às alterações climáticas.

A título de exemplo, entre os projetos aprovados em 2015 incluem-se a recuperação e o armazenamento de carbono em turfeiras em cinco países da UE (Estónia, Alemanha, Letónia, Lituânia e Polónia), a demonstração da produção de cimento e betão com baixo nível de emissões em França, o reforço da resiliência às alterações climáticas das vinhas na Alemanha e a adoção de medidas de adaptação nalgumas zonas urbanas de Chipre.