Bruxelas prevê mais crescimento nos países da troika do que na Alemanha

A Comissão Europeia antecipa que, com exceção de Chipre, os países intervencionados cresçam mais do que a Alemanha em 2015, cuja economia deverá crescer 1,5% este ano, abaixo do previsto para Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha. De acordo com as previsões económicas de inverno hoje publicadas, Bruxelas prevê que a Irlanda seja o país da […]

A Comissão Europeia antecipa que, com exceção de Chipre, os países intervencionados cresçam mais do que a Alemanha em 2015, cuja economia deverá crescer 1,5% este ano, abaixo do previsto para Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha.

De acordo com as previsões económicas de inverno hoje publicadas, Bruxelas prevê que a Irlanda seja o país da zona euro que mais cresça este ano (3,5%), que a economia grega aumente 2,5%, que Espanha cresça 2,3% e que Portugal cresça 1,6%, acima do estimado para a economia alemã, que deverá aumentar 1,5%.

Os países que receberam ou estão ainda a receber missões da ‘troika’ (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) deverão também crescer acima da média da zona euro este ano, uma vez que a Comissão Europeia estima que Produto Interno Bruto (PIB) das 19 economias do euro deverá aumentar 1,3%.

A seguir à Irlanda, a economia que mais deverá crescer em 2015 é a de Malta (3,3%), seguindo-se a Lituânia (3%), a Letónia (2,9%) e o Luxemburgo (2,6%).

Prevendo crescimento económico para todos os países pela primeira vez desde 2007, Bruxelas estima que Chipre, que está a receber ajuda externa desde 2013, seja o país que menos cresça em 2015 (0,4%), seguido da Itália (0,6%), da Áustria e da Finlândia (0,8%), de França (1%) e da Bélgica (1,1%).

As previsões de inverno do executivo comunitário hoje apresentadas em Bruxelas são mais otimistas do que as de outono, divulgadas há três meses: para 2015, Bruxelas prevê agora que os países da União Europeia cresçam 1,7% e que os países da zona euro cresçam 1,3%, “acelerando” no próximo ano para os 2,1% e 1,9%, respetivamente.

O executivo comunitário – que em novembro projetava crescimentos mais modestos (de 1,5% na União Europeia e 1,1% na zona euro este ano) – assinala que “as perspetivas de crescimento na Europa ainda estão limitadas por um ambiente de investimentos fraco e desemprego elevado”, mas sublinha que, desde o outono, vários desenvolvimentos melhoraram as perspetivas a curto prazo.

OJE/Lusa

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