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Buffett investe mais de quatro mil milhões de euros em quatro grandes farmacêuticas

Trata-se do mais recente aposta de Warren Buffet, cujos investimentos totalizam um portefólio avaliado em mais de 200 mil milhões de euros. Uma das apostas de Buffet é na Pfizer, que este mês revelou que a sua vacina para a Covid-19 tem uma eficácia de 90%.
17 Novembro 2020, 12h28

A Berkshire Hathaway do multimilionário norte-americano Warren Buffet investiu 5,7 mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros) em ações de quatro grandes farmacêuticas. A aposta do Oráculo de Omaha, como é conhecido Buffet, é revelada numa altura em que as farmacêuticas começam a revelar resultados positivos na descoberta de uma vacina para a Covid-19, o que significa que o setor poderá sair beneficiado com a recuperação da pandemia.

De acordo com a Reuters, Buffet investiu inclui 1,8 milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) cada na Abbvie, na Bristol-Myers Squibb e Merck & Co, bem como 136 milhões de dólares (114,4 milhões de euros) na Pfizer.

Este é o mais recente investimento da companhia de Buffet, cujos investimentos totalizam um portefólio avaliado em mais de 200 mil milhões de euros.

Na nota emitida, a Berkshire Hathaway não justificou os investimentos. Mas a aposta na indústria da saúde estará relacionada com a forma como a pandemia da Covid-19 alterou a maneira de observar a indústria. Isto, porque na investigação para a descoberta de uma vacina obrigou à criação de parcerias entre as empresas farmacêuticas.

A norte-americana Pfizer, que agora conta com Buffet entre os acionistas, aliou-se à germânica BioNtech. No dia 9 de novembro, os laboratórios Pfizer e BioNtech afirmaram que a vacina contra a Covid-19 que estavam a desenvolver em conjunto reduzia o risco de contrair a doença em 90%, o que fez subir a praça nova-iorquina.

Uma semana depois, a biotecnológica norte-americana Moderna anunciou que os dados provisórios indicam que a sua vacina contra a Covid-19 tem uma eficácia de 94,5% na redução do risco de contrair a doença. A vacina da Moderna está a ser criada em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos.

A AstraZeneca, outra farmacêutica que tem em curso uma investigação para encontrar uma vacina eficaz no combate à Covid-19, tem uma parceria com a Universidade de Oxford. Até ao final do ano, a farmacêutica britânica acredita conseguir revelar os dados sobre a sua vacina.

A francesa Sanofi e a britânica GSK também se aliaram para encontrar uma vacina anti-Covid-19.

A União Europeia já tem acordos com a Pfizer/BioNtech (300 milhões), com a AstraZeneca (300 milhões de doses) e com a Sanofi-GSK (300 milhões de doses) para assegurar vacinas para a Europa quando estas se revelarem eficazes e seguras e poderem ser distribuídas.

Além destas, a Comissão Europeia fechou também contratos com a Johnson & Johnson (200 milhões) e com a CureVac (405 milhões de doses). Bruxelas também já revelou estar em conversações com a Moderna. O objetivo é garantir uma carteira de seis potenciais vacinas para a Covid-19.

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