Burla com nova nota de 50 euros já causou detenção

No início desta semana, a Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem, de 69 anos, por suspeitas de burla a uma idosa. “A idosa deu 28 notas de 50 euros ao suspeito que fugiu em direção a Setúbal”, indicou a GNR em nota divulgada pela agência Lusa. Os militares localizaram o suspeito, que ficou, mais tarde, sujeito a termo de identidade e residência.

A nova nota de 50 euros entrou na segunda-feira em circulação e tem caraterísticas avançadas de segurança, facilmente detetadas pelo consumidor. O principal objetivo da mudança prendeu-se com a necessidade de reforçar a segurança e evitar falsificações, uma vez que se trata de uma das notas mais utilizadas e falsificada, representando 45% da circulação.

A GNR alertou que “não existe ninguém mandatado por qualquer instituição bancária para fazer a recolha das notas de 50 euros antigas e que, caso se deparem com propostas desta índole, deverão entrar em contacto” com o posto da Guarda mais próximo e fazer o mesmo se encontrarem uma nota falsa.

O capitão Ricardo Lima realça que a nota tem mais sistemas de segurança, mas que com a sua implementação em Portugal registou-se “um surto de burlas”, o que acontece dado que a “nota antiga tem exactamente o mesmo valor que nota nova”, em declarações à RTP. Assim, não é necessário que ninguém se dirija a casa dos cidadãos para efetuar qualquer tipo de troca. “Fruto das transações do mercado, a antiga vai acabar por sair de circulação”, acrescenta ao canal público.

Para certificar de que a nota não é falsa, a GNR aconselha os cidadãos a utilizar o método “Tocar, Observar e Inclinar”. O consumidor deve sentir nas margens esquerda e direita a impressão em relevo, observar em contra luz para ver “um retrato de Europa, os algarismos representativos do valor e o motivo principal, bem como um pequeno recorte em forma de janela” e inclinar a nota de modo a “ver o número esmeralda com um efeito luminoso de movimento ascendente e descendente”.