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Cafés Delta é a empresa mais desejada para trabalhar em 2022. E a saúde é o sector mais atrativo

Estudo da Randstad Portugal para 2022 elege a Delta Cafés como a melhor empresa para trabalhar. O “Top 3” inclui a Farfetch e a Bosch. O setor da Saúde é considerado o mais atrativo, segundo a opinião dos portugueses, enquanto as Tecnologias de Informação passam para o segundo lugar.
19 Maio 2022, 18h45

Rui Miguel Nabeiro, neto do Comendador Rui Nabeiro, gere a empresa mais desejada pelos portugueses para nela desenvolverem a sua carreira profissional, revelou ao Jornal Económico (JE) o CEO da Randstad Portugal, José Miguel Leonardo. “A Delta Cafés é considerada a empresa mais atrativa para trabalhar pelo segundo ano consecutivo, de acordo com o ‘Randstad Employer Brand Research 2022’, que, no universo dos 150 maiores empregadores de Portugal identifica as 20 empresas mais atrativas para trabalhar em 2022, na opinião dos portugueses, bem como os 10 sectores de atividade preferidos, onde pela primeira vez, surge a saúde em primeiro lugar”, explica o CEO.

O presidente da Delta Cafés, Rui Miguel Nabeiro, “tem vindo a apostar no desenvolvimento de vários novos segmentos de mercado, investindo recorrentemente na modernização da Delta Cafés, o que contribui para a popularidade desta empresa, para a sua notoriedade – também muito conotada com a imagem positiva do seu fundador, o comendador Rui nabeiro, avô do actual CEO – e para um sentimento aspiracional entre os jovens que procuram uma empresa para desenvolverem as suas carreiras profissionais”, adianta José Miguel Leonardo.

Para o CEO do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, Rui Miguel Nabeiro, “é com grande orgulho e satisfação que vejo, uma vez mais, reconhecidos os nossos esforços e investimento na valorização das nossas pessoas. O Grupo Nabeiro – Delta Cafés rege-se desde sempre por valores sólidos e princípios humanos, assentes numa política de proximidade com os colaboradores. Somos feitos de pessoas e para pessoas. Valorizamos os nossos colaboradores e apostamos na sua formação e no seu desenvolvimento contínuo”, diz o gestor.

O estudo da Randstad sobre o mercado português de RH e os melhores empregadores em 2022 adianta que “81% dos portugueses considera muito importante adquirir novas competências para desenvolver a sua carreira, o que reflete uma média muito superior à europeia (59%)”, revelando que “13% dos trabalhadores portugueses mudaram de empregador no último semestre de 2021, mais do que no ano passado (9%), uma realidade que se nota sobretudo nas faixas etárias mais jovens”.

Farfetch e Bosch perfazem o ‘Top 3’

O sector da moda e da tecnologia também está em alta. “A Farfetch e a Bosch entram para o ‘Top 3’ de 2022, com uma subida de oito e 15 lugares, respetivamente” e o “setor da Saúde é considerado o mais atrativo para trabalhar em 2022, de acordo com a opinião dos portugueses, enquanto as Tecnologias de Informação passam para o segundo lugar”, refere o CEO da Randstad Portugal. Outra novidade encontra-se no setor automóvel, que “passa a ocupar o ‘Top 3’, representando um crescimento de cinco posições face ao ano anterior”, adianta José Miguel Leonardo.

O “Randstad Employer Brand Research” (REBR), atualmente na edição de 2022, é o maior estudo independente de ‘employer branding’ disponibilizado em Portugal e é realizado pela Kantar, que analisa as tendências do mercado de trabalho, divulgando as empresas e setores mais atrativos para trabalhar em 31 países, incluindo Portugal.

4.997 profissionais inquiridos

Este estudo já é realizado pelo sétimo ano consecutivo e reflete a perceção da população em relação aos 150 maiores empregadores de 31 países. “No nosso país este inquérito é realizado online em janeiro de 2022, abrangendo 4.997 profissionais ativos, desempregados e estudantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, sendo a maioria dos participantes residente em Lisboa (38%), seguindo-se a região Norte (34%) e o Centro (18%) do país”, explica a Randstad.

“Em alturas de escassez de talento, é importante olhar para o que os talentos mais valorizam e de que forma podem as empresas desenvolver estratégias que sejam capazes de responder às suas necessidades.  No entanto, não podemos deixar de salientar que uma estratégia de employer brand não se constrói de um dia para o outro. Tem por base uma relação de confiança e, por isso, é algo que deve ser cada vez mais estratégico dentro das organizações e com efeitos reais na atração e retenção de talento”, comenta o CEO da Randstad Portugal.

Salário é sempre o critério mais importante

“O salário e os benefícios atribuídos continuam a distinguir-se como o critério mais importante quando o profissional escolhe a empresa para trabalhar”, refere a empresa, detalhando que “entre os fatores mais valorizados numa empresa, por quem procura emprego, estão o salário e benefícios (72%), mas também, o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal (67%) e o bom ambiente de trabalho (67%)”. O estudo adianta que os benefícios que os portugueses mais gostariam que o seu empregador lhes oferecesse, para valorizar o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, são acordos de trabalho flexíveis (48%) e oportunidades de progressão na carreira (47%).

Para 89% dos inquiridos, é também considerado muito importante que a empresa onde trabalham lhes ofereça oportunidades de ‘upskilling’ e ‘reskilling’. “A rápida transformação digital acelerou o risco de que as competências atuais se possam tornar obsoletas. Os profissionais têm o desafio de se reinventarem num mercado de trabalho em constante mudança e as empresas devem ter isto em consideração”, diz José Miguel Leonardo.

Trabalho tornou-se mais importante

De resto, “o trabalho tornou-se mais importante para um em cada três trabalhadores portugueses (33%), principalmente na faixa etária mais jovem, dos 18 aos 24 anos, para a qual a importância do seu trabalho aumentou nos últimos 12 meses (50%)”, segundo o estudo, notando-se que “os inquiridos com maiores habilitações literárias dão agora menor importância à carreira (23%)”.

Destaca-se igualmente a importância do trabalho remoto. Segundo o “Randstad Employer Brand Research” deste ano, “o trabalho remoto diminuiu de 52% em 2021 para 38% em 2022. São principalmente as mulheres (40%) e aqueles com maiores habilitações literárias (48%) que trabalham a partir de casa”. Mas, segundo o estudo, “para 32% dos colaboradores portugueses, trabalhar remotamente é impossível ou não permitido. Daqueles que atualmente trabalham apenas remotamente (23%), menos de metade (41%) espera continuar com este regime laboral no futuro”.

As 20 das empresas mais atrativas para trabalhar em 2022:

1 – Delta Cafés

2 – Farfetch

3 – Bosch

4 – Nestlé

5 – Hovione

6 – Siemens

7 – Banco de Portugal

8 – RTP – Rádio e Televisão de Portugal

9 – The Navigator Company

10 – Volkswagen Group Services

11 – OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal

12 – Fujitsu Technology Solutions

13 – Ikea Portugal

14 – JOAQUIM CHAVES SAÚDE

15 – Volkswagen Autoeuropa

16 – Hospital da Luz

17 – Nokia

18 – Sumol+Compal

19 – PSA Peugeot Citroën

20 – Pestana Hotel Group

Top 10 dos setores mais atrativos:

1 – Saúde

2 – IT, Consultoria e Telecomunicações

3 – Automóvel

4 – Turismo, Desporto e Entretenimento

5 – FMCG e Indústria Alimentar

6 – Banca e Serviços Financeiros

7 – Indústria

8 – Aviação

9 – Customer Care e Shared Services

10 – Serviços

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