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Caixa Brasil tem empresas ligadas à Lava Jato na carteira de clientes

O banco brasileiro está na lista de ativos da CGD para venda, mas o banco público português ainda não deu indicações dos possíveis impactos que esta exposição poderá ter sobre as ofertas que vier a receber pelo BCG.
  • REUTERS/Jose Manuel Ribeiro
27 Agosto 2019, 09h51

O Banco Caixa Geral Brasil (BCG), que é detido pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), tem como clientes empresas ligadas à investigação judicial Lava Jato, sendo, por isso, desconhecido o impacto que tal situação terá na venda do BCG, noticia o “Jornal de Negócios” esta terça-feira, 27 de agosto.

De acordo com o relatório de gestão e contas de 2018 da CGD, o banco do Estado admite a existência de “empresas listadas em medidas no contexto da Lava Jato” na carteira de clientes do BCG, embora também se leia no mesmo documento que “no BCG Brasil não há registo de incidentes internos relativos à corrupção”.

Ainda assim, a CGD explica no relatório e contas que já foram tomadas medidas de mitigação do risco destes clientes para o BCG. O banco brasileiro está na lista de ativos da CGD para venda, mas o banco público português ainda não deu indicações dos possíveis impactos que esta exposição poderá ter sobre as ofertas que vier a receber pelo BCG.

“O BCG informa que tomou as medidas necessárias em relação às empresas que constavam na base de clientes, diminuindo a sua exposição de crédito, quando aplicável, encerrando relacionamentos e incluindo as empresas remanescentes em watch list de compliance [lista de controlo de cumprimento], com acompanhamento aproximado das operações residuais”, aponta o documento do banco público, citado pelo mesma publicação.

De acordo com o jornal da Cofina, as propostas de compra do BCG deverão chegar à CGD a partir do quarto trimestre deste ano.

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