O CaixaBank teve um lucro de 707 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, mais 21,9% do que em igual período de 2021, resultado que não inclui o impacto da integração com o Bankia.
Os lucros do banco que controla o BPI foram penalizados por uma provisão de 214 milhões devido ao impacto da guerra, sendo que em termos recorrentes os resultados subiram 22%.
A rentabilidade dos capitais próprios tangíveis (RoTE) foi de 7,60% em março sem os factores extraordinários, ficando ligeiramente abaixo dos 8% registados em março de 2021 porque o banco está mais capitalizado. O seu rácio de capital CET1 situou-se em 13,4% e o almofada de capital para acautelar crises, o passivo bail-inável, MREL proforma total está em 26,5%, cumprindo assim já o nível exigido para 2024.
Segundo a Lusa, os lucros do trimestre teriam uma diminuição de 85,2% caso fossem incluídos no primeiro trimestre de 2021 os impactos extraordinários de 4.786 milhões de euros associados à fusão com o Bankia. Isto é, ao incluir a mais-valias de 4.300 milhões e os 28 milhões de custos extraordinários, o que inclui a reestruturação do quadro de pessoal. No caso de não serem incluídos os efeitos extraordinários em 2021 da fusão com o Bankia o resultado seria um aumento de 37,6% dos lucros.
O BPI, que apresenta resultados no dia 6 de maio, contribuiu com 69 milhões de euros para os lucros de 707 milhões de euros obtidos durante o primeiro trimestre de 2022 pelo grupo CaixaBank que sublinhou a “dinâmica muito positiva” da sua filial portuguesa.
O BPI continua a ter uma “evolução muito positiva” e realizou uma “contribuição muito positiva para os resultados do grupo”, realçou o presidente executivo (CEO) do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, na conferência de imprensa em que apresentou os resultados do grupo no primeiro trimestre do ano.
Gonzalo Gortázar, citado pela Lusa, assegurou que o CaixaBank está “absolutamente concentrado” no seu crescimento orgânico e não contempla qualquer tipo de aquisições no mercado português ou em outro, sendo essa a mensagem que irá ser confirmada quando apresentar, em 17 de maio próximo, o seu “plano estratégico” para os próximos três anos.