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#Calexit: Já se fala na saída da Califórnia dos EUA

Depois do Brexit, o Calexit. Corre nas redes sociais uma petição para tornar a Califórnia independente na sequência da vitória de Donald Trump.
  • REUTERS / Carlo Allegri
10 Novembro 2016, 12h30

Depois dos resultados eleitorais terem dado Donald Trump como o sucessor de Barack Obama na Casa Branca, o movimento de saída da Califórnia dos Estados Unidos, o ‘Calexit’ ganhou força nas redes sociais e já há uma série de pessoas a apoiar a iniciativa.

Hillary Clinton venceu no estado da Califórnia em 61% dos votos. No entanto, a vitória no estado norte-americano mais populoso dos Estados Unidos não permitiu à candidata democrata ultrapassar 270 necessários para ser o vencedor no Colégio Eleitoral, ficando bem aquém das expectativas com 215 votos. Donald Trump conseguiu pelo menos 288 votos.

Face a estes resultados, começou a circular nas redes sociais a hashtag #Calexit, que incentiva os californianos, resignados com a vitória do republicano, a apoiarem a saída da Califórnia dos EUA e a afirmação da Califórnia como um Estado independente.

Foi o caso do co-fundador da empresa de transporte ultra rápido Hyperloop One, Shervin Pishevar, que fez saber que estará disposto a financiar uma campanha para a Califórnia se tornar independente dos Estados Unidos.

 

https://twitter.com/shervin/status/796190968735289344?ref_src=twsrc%5Etfw

 

Vários líderes tecnológicos, como o antigo CEO do Chezzburger, Ben Huh, e o empreendedor Dave Morin, também já mostraram interesse em seguir o mesmo caminho de Shervin Pishevar.

Entretanto, também surgiu um website, como o nome ‘Yes California’, onde se pode ler: “Em 2016, o Reino Unido votou a saída da comunidade internacional (UE) com o voto no Brexit. O nosso referendo “Calexit” será para a Califórnia entrar na comunidade internacional”. O site está a aceitar donativos para permitir que a Califórnia possa abandonar os EUA.

 

 

Segundo o ‘Yes California’, para se poder consolidar a proposta, esta tem de ser aprovada por dois terços da Casa dos Representantes do Senado e ser aceite por pelo menos 38 dos 50 estados norte-americanos.

No caso da Califórnia se tornar independente, pode mesmo tornar-se a sexta maior economia do mundo, à frente de países como a França, Índia, Itália e Brasil, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), e os EUA continuariam a ser a maior economia mundial. Nos últimos dois anos, o PIB do país cresceu mais depressa do que em qualquer outro estado, atingindo os 3,2%.

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