O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, recorreu à sua conta de Facebook para denunciar a realização de descargas indevidas de águas residuais no rio Judeu, afluente do rio Tejo através da baía do Seixal, pela empresa pública Simarsul.
“A autarquia já pediu explicações a esta empresa pública do Estado sobre o sucedido, tendo denunciado este atentado ambiental à Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT)”, lê-se na publicação de Joaquim Santos, autarca eleito pela CDU nas eleições de 2017.
Para Joaquim Santos, “este atentado ambiental” não pode acontecer , nem é justificável, quando “a autarquia tem milhões de euros na requalificação ambiental e paisagística” do concelho do Seixal, para “melhores condições ambientais”.
Anualmente, de acordo com o chefe do executivo camarário, são investidos “cerca de seis milhões de euros” no tratamento de esgotos do concelho seixalense. A verba mencionada por Joaquim Santos vai diretamento do erário público para os cofres da empresa do Estado Simarsul.
Desta forma, o autarca manifestou publicamente desagrado pela “descarga indevida na baía do Seixal ou noutro qualquer local, sem tratamento”.
Também no Facebook, em diversos grupos públicos de munícipes do Seixal, encontram-se comentários e vídeos a descrever e a questionar a situação. O vídeo abaixo foi partilhado no grupo “Contaminados do Seixal”, na terça-feira, 12 de novembro.
De acordo com o sítio do jornal regional “Diário do Distrito“, a Simarsul justifica a situação, verificada ao longo desta semana, com uma avaria técnica na Estação Elevatória do Porto da Raposa, na segunda-feira, 11 de novembro. A empresa do Estado fez saber que a avaria na estação do subsistema de saneamento do Seixal teve origem na afluência de “materiais impróprios às redes de esgotos, decorrentes da utilização incorreta por parte dos utilizadores”.
O episódio deixou a Estação Elevatória do Porto da Raposa “fora de serviço, ativando a descarga de emergência que protege a infraestrutura de situações anómalas”, citou aquele jornal regional.
A Simarsul garantiu que à data de 13 de novembro – aquando da publicação do autarca do Seixal – a instalação já se encontrava “a funcionar sem anomalias”.