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Canadá proíbe investidores estrangeiros de comprarem casas no país

A medida serve para aliviar o mercado imobiliário que tem estado sobre pressão nos últimos meses.
  • Vancouver, Canadá: 2.677 dólares
8 Abril 2022, 19h33

O governo de Justin Trudeau anunciou que vai proibir investidores estrangeiros de comprarem casas no Canadá durante dois anos, numa tentativa de arrefecer um mercado imobiliário.

De acordo com o “The Guardian”, a ministra das Finanças, Chrystia Freeland, tomou várias medidas para atenuar a especulação e a procura com os preços das casas a atingirem valores recorde depois de anunciar o orçamento federal para o ano.

Além da proibição de compra de casa por estrangeiros durante dois anos, o executivo canadiano informou também a aplicação de impostos mais elevados para as pessoas que vendem a sua casa no prazo de um ano, embora ambas as medidas incluam múltiplas exceções, incluindo para residentes permanentes e estudantes estrangeiros.

O orçamento inclui também verbas para a construção de novas habitações e medidas para ajudar os canadianos a tentar entrar no mercado, incluindo uma nova conta poupança e alterações no crédito fiscal dos compradores de casas pela primeira vez.

Para o líder do governo, a pressão continua para que acalme o mercado que está sobreaquecido depois de os preços terem subido mais de 20% no ano passado, numa altura em que também os valores das rendas também têm vindo a aumentar.

O governo canadiano também prometeu 500 milhões de dólares canadianos (365 milhões de euros) em ajuda militar adicional à Ucrânia, bem como mais apoio humanitário e financeiro a Kiev em resposta à invasão da Rússia.

O Canadá respondeu a meses de pressão da aliança militar da NATO e de outros, prometendo mais de oito mil milhões de dólares canadianos (5,85 mil milhões de euros) em novos gastos militares nos próximos cinco anos.

Ainda assim, o Canadá continuará muito aquém do objetivo de 2% do PIB da NATO, mesmo quando outros aliados aumentarem drasticamente os seus próprios investimentos militares após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

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