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Canal do Panamá está a ficar sem água. E esse é um problema para a economia mundial

Devido a uma seca extrema, o caudal de água no Canal do Panamá está a descer. O comércio mundial vai ter de se preparar para um aumento nos custos de embarque e uma corrida para encontrar rotas mais rápidas.
29 Maio 2023, 13h28

O comércio mundial enfrenta outro possível teste de stress: uma seca severa em redor do Canal do Panamá está a forçar os navios porta contentores a aliviar a carga, segundo revela a Bloomberg. Esta medida aumenta o risco de atrasos e gera sobretaxas pagas pelos proprietários das mercadorias transportadas.

A água existente no Canal do Panamá provém do lago Gatun, um extenso corpo de água artificial localizado no Panamá, que desempenha um papel fundamental na operação do Canal do Panamá ao permitir o trânsito de navios ao longo de 33 quilómetros. Se a situação piorar e os níveis do lago Gatun continuarem a descer, como é previsto, o mercado vai ter de se preparar para um aumento nos custos de embarque/fretes e uma corrida para encontrar rotas mais rápidas, segundo dizem os analistas ao jornal “El Economista”.

O chefe da empresa Vespucci Maritime, Lars Jensen, acredita que existem duas alternativas caso do Canal do Panamá fique congestionado: os navios podem ir diretamente da Ásia para a costa oeste dos Estados Unidos ou podem transportar mercadorias da Ásia para a costa leste através do Canal de Suez (no Egito). Mas Jensen afirma ao “El Economista” que “de qualquer forma, isso criará alguma pressão ascendente nas tarifas de frete transpacífico”.

A mudança na rota do Canal do Panamá para o Canal de Suez aumenta o número de dias da viagem: enquanto que a rota via Panamá demora em média cerca de 25,5 dias, a rota via Suez leva cerca de 32 dias.

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