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Cancelados dois concertos de Roger Waters na Polónia devido a posicionamento pró-russo

O co-fundados dos Pink Floyd iria atuar em Cracóvia em abril do próximo ano, na sala de espetáculos “Tauron Arena”, mas, segundo adiantam alguns meios de comunicação da Polónia, as autoridades polacas pretendem declarar Roger Waters como ‘persona non grata’.
25 Setembro 2022, 14h13

Dois concertos do músico britânico Roger Waters, que estavam agendados para o próximo ano na cidade polaca de Cracóvia, foram cancelados pela organização, devido ao posicionamento do artista em relação à guerra na Ucrânia, noticia a agência Efe.

O músico de 79 anos iria atuar em Cracóvia em abril do próximo ano, na sala de espetáculos “Tauron Arena”, mas, segundo adiantam alguns meios de comunicação da Polónia, as autoridades polacas pretendem declarar Roger Waters como ‘persona non grata’.

Entretanto, o co-fundador dos Pink Floyd já escreveu nas suas redes sociais que não foi ele a cancelar os dois concertos.

Em causa está o posicionamento de Roger Waters relativamente à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, uma vez que atribui a responsabilidade pelo início do conflito bélico aos “nacionalistas extremistas” ucranianos.

O músico britânico critica ainda a NATO e o ocidente por fornecerem armas à Ucrânia.

Entretanto, deputados do partido ultraconservador polaco Lei e Justiça (PiS) pedem numa proposta de resolução, que será votada na quarta-feira, que se declare ‘persona non grata’ a todos aqueles que apoiarem publicamente o Kremlin.

Os promotores desta proposta expressam a sua indignação com o posicionamento de Waters, tendo em conta “o ataque criminoso russo à Ucrânia e os crimes de guerra cometidos por soldados russos”.

Numa publicação feita hoje no Facebook, Roger Waters escreveu que a iniciativa dos deputados polacos se deve aos seus esforços para que “todos os envolvidos na guerra desastrosa da Ucrânia, especialmente os Estados Unidos e a Rússia, procurem uma paz negociada”.

O músico classificou ainda o cancelamento dos dois concertos como “censura draconiana”, referindo que estava “ansioso por poder partilhar a sua mensagem de amor com o público polaco”.

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