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Cancelamento do GP do Mónaco deu prejuízo de 100 milhões de euros

Por não se realizar o fim-de-semana da prova rainha nas ruas do Principado, a organização do Grande Prémio do Mónaco, que está a cargo do Clube Automóvel do Mónaco, causou um prejuízo de 100 milhões de euros.
24 Maio 2020, 16h26

Este domingo marcaria a 78ª edição do mítico Grande Prémio do Mónaco, uma das provas com mais prestígio na Formula 1 e que, juntamente com as 24 Horas de Le Mans e a Indy 500, compõe a Tripla Coroa do desporto automóvel.

No entanto, a Covid-19 obrigou a Formula 1 a refazer as contas ao calendário de 2020 — a época ainda não começou — e alguns grandes prémios foram mesmo cancelados, o que foi o caso do Grande Prémio do Mónaco, que o piloto brasileiro Ayrton Senna venceu por seis vezes.

Segundo o jornal desportivo italiano, “La Gazzetta dello Sport”, o cancelamento do Grande Prémio do Mónaco teve custos financeiros. Por não se realizar o fim-de-semana da prova rainha nas ruas do Principado, a organização do Grande Prémio do Mónaco, que está a cargo do Clube Automóvel do Mónaco, causou um prejuízo de 100 milhões de euros.

O emblemático Grande Prémio do Mónaco estava agendado para este domingo, só que a pandemia do novo coronavírus obrigou a que a corrida do Mundial fosse cancelada. Para além do impacto desportivo, a ‘La Gazzetta dello Sport’ refere que prejuízo financeiro estimado para a organização é de cerca de 100 milhões de euros neste fim-de-semana.

O jornal italiano repescou os valores apresentados por um estudo do Instituto Monegasco de Estatísticas e Estudos Económicos, que concluiu que 70% do prejuízo — 70 milhões de euros — corresponde às despesas que o público iria fazer ao longo do fim-de-semana, que se desdobra entre três sessões de treinos livres, a qualificação e corrida.

De resto, 18 milhões de euros correspondiam ao valor que as unidades hoteleiras e os restaurantes da região, Mónaco e a cidade francesa de Nice, iriam receber. A estes valores somam-se ainda dez milhões de euros em transportes e compras de souvenirs.

O cancelamento do Grande Prémio do Mónaco foi noticiado no dia 20 de março depois de uma reunião entre os chefes de equipas, a FIA e a Formula 1 na qual foi concluído que a prova não poderia ser realizada esta ano por causa da Covid-19, apesar das preparações nas ruas do principado já terem começado.

Estima-se que o Clube Automóvel do Mónaco despende todos os anos cerca de 20 milhões de euros em preparativos, ações de marketing e de divulgação do evento.

Ainda não há uma data oficial para o início do Campeonato do Mundo de Formula 1 de 2020, estando ainda em aberto a data de 5 de julho. Num comunicado oficial, Corey Chase, CEO da Formula 1, datado de abril, disse que a época poderia recomeçar no fim-de-semana de 3 a 5 de julho, no Grande Prémio da Áustria.

O Campeonato do Mundo de 2020 começaria assim na Europa, entre julho e o princípio de setembro, deslocando-se depois para a Eurasia, Ásia, América do Norte e América do Sul, acabando no Golfo Pérsico em dezembro em Abu Dhabi. Segundo este calendário, Corey Chase previu entre 15 a 18 corridas para 2020.

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