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“Cansaço acumulado”: Deputados franceses exigem mais uma semana de férias

Deputados dos diferentes quadrantes políticos em França admitem estar “esgotados” e sem energia para mais uma semana a discutir leis na Assembleia.
3 Agosto 2017, 16h18

Os deputados franceses pedem ao Parlamento que lhes seja concedida mais uma semana de férias, depois de terem recebido a convocatória para estarem presentes em sessões extraordinárias e votações noturnas. A iniciativa de estender a semana de trabalho não agradou aos deputados, que se queixam de “cansaço acumulado” e falta de condições para mais uma semana a decidir leis na Assembleia.

Com a chegada do verão, chegam também as férias e o Parlamento francês encerra portas aos trabalhos legislativos. Acontece que este ano a necessidade de deixar “a casa arrumada” está a obrigar os deputados a terem de debater projetos de lei que ficaram pendurados. Entre eles está um diploma sobre a moralização da vida pública que levou à intimação dos membros das diferentes bancadas parlamentares, para uma sessão extraordinária a 9 de agosto.

O anúncio de que iria ter de adiar o descanso laboral e cancelar as tão desejadas férias apanhou os deputados de surpresa, num país que defende as 35 horas de trabalho semanal e as cinco semanas de descanso por ano e tem feito uma oposição forte na luta contra o burnout e a exploração dos trabalhadores.

“Está toda a gente fatigada e este não é o melhor estado para se decidirem leis”, afirmou o ex-candidato presidencial de extrema-direita Nicolas Dupont-Aignan, enquanto o líder comunista, também candidato ao Palácio do Eliseu, Jean-Luc Mélenchon questiona “Vão agora para a praia? Pois têm sorte. Para mim, a jornada de trabalho volta a começar”.

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