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Alemanha contrata turcos para responder a falta de mão-de-obra nos aeroportos

O ministro do Trabalho, Hubertus Heil, disse que, segundo o esquema do Executivo, os empregadores teriam que pagar aos trabalhadores salários acordados coletivamente e fornecer alojamento. A medida entraria em vigor já a partir de julho.
27 Junho 2022, 13h36

A Alemanha planeia recrutar vários milhares de trabalhadores temporários da Turquia para responder à falta de mão-de-obra nos aeroportos este verão, problema que está a causar graves perturbações em toda a Europa, segundo fontes do governo citadas pelo “The Guardian”.

O ministro do Trabalho, Hubertus Heil, disse que, segundo o esquema do Executivo, os empregadores teriam que pagar aos trabalhadores salários acordados coletivamente e fornecer alojamento. A medida entraria em vigor já a partir de julho, informou o “Bild” no domingo.

Um estudo recente do Instituto Económico Alemão revela que os aeroportos alemães estão com falta de 7.200 funcionários e comissários de bordo depois de muitos trabalhadores terem deixado os seus empregos durante a pandemia e encontrado trabalho noutros sectores.

Citando fontes governamentais, o “Bild” disse que os ministros planeiam responder diretamente a uma escassez de 2.000 a 3.000 funcionários com um número de “quatro dígitos” de estrangeiros temporários.

No fim de semana, os passageiros dos aeroportos de Düsseldorf e Colónia relataram novamente longas filas nos portões de segurança, enquanto o aeroporto de Hamburgo registava dificuldades para armazenar bagagens presas nas suas instalações.

A alemã Lufthansa está a cancelar 2.200 voos em julho e agosto nos aeroportos de Frankfurt e Munique. O diretor de operações da companhia aérea, Detlef Kayser, disse ao “Welt” que não espera que a escassez atual seja preenchida até 2023.

Os trabalhadores estrangeiros temporários não seriam recrutados para trabalhar na triagem de segurança do aeroporto — o que exige mais tempo de formação e níveis mais altos de autorização de segurança —, mas para funções menos qualificadas, como manuseio de bagagem, segundo a ministra do Interior, Nancy Faeser.

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