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CAP vai avaliar consequências das cheias no Mondego

A nova PAC -Política Agrícola Comum, o OE – Orçamento de Estado 2020, e as linhas da futura presidência portuguesa da União Europeia são outros temas em cima da mesa nos conselhos consultivos da CAP, a decorrerem várias regiões do país até ao final de fevereiro.
23 Janeiro 2020, 19h45

A direção da CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal inicia amanhã, dia 24 de janeiro, um ciclo de reuniões com diversas estruturas regionais para avaliar as consequências das recentes cheias no rio Mondego.

“Os conselhos consultivos regionais da CAP, que acontecem anualmente e percorrem todo o País, iniciam-se esta sexta-feira, em Montemor-o-Velho. Ponto de situação do PDR2020 [Plano de Desenvolvimento Regional] e das negociações da nova PAC fazem parte da ordem de trabalhos destes encontros”, adianta um comunicado da CAP.

Segundo esse documento, a direção da CAP inicia esta sexta-feira, dia 24 de janeiro, “mais um périplo pelo país para dialogar com as suas estruturas regionais, partilhar as linhas-mestras da sua atuação e auscultar os anseios e expetativas daqueles organismos descentralizados”.

“Este ciclo de conselhos consultivos regionais, que acontece no início de cada ano, arranca simbolicamente em Montemor-o-Velho, região fortemente afetada pelas cheias do rio Mondego, em dezembro passado. As consequências do alagamento das terras agrícolas, que paralisou grande parte do setor agrícola na região centro e infligiu pesados danos aos produtores, serão um dos temas em análise na reunião desta sexta-feira, que contará com a presença do presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, e do secretário-geral, Luís Mira. O encontro incluirá ainda uma visita ao regadio do Mondego”, revela o referido comunicado.

A CAP esclarece ainda que depois deste conselho com as organizações do centro do país, vão seguir-se reuniões, ainda este mês, com os dirigentes associativos das regiões de Trás-os-Montes (dia 30) e Douro/Minho (dia 31).

Os concelhos consultivos regionais relativos ao Ribatejo, Oeste, Alto Alentejo e Baixo Alentejo prosseguirão em fevereiro.

“Em cima da mesa, estarão temas de âmbito regional, mas também questões nacionais transversais, incluindo o ponto de situação da execução do PDR2020. Estes conselhos permitirão ainda à estrutura nacional da CAP transmitir informações sobre a reforma da Política Agrícola Comum (PAC) 2020, cujas negociações decorrem em Bruxelas, onde a confederação tem uma delegação permanente a acompanhar os trabalhos. O Orçamento do Estado para este ano, com votação final global agendada para o próximo dia 6 de fevereiro, também estará em análise, nomeadamente as medidas que dizem respeito ao setor agrícola e florestal”, garantem os responsáveis da CAP.

Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP, afirma que “estes conselhos consultivos regionais, para além de servirem de ponto de contacto e de aproximação entre estruturas, são muito importantes para medirmos o pulso ao setor agrícola e florestal, para aprofundarmos no terreno o conhecimento sobre as reais preocupações e dificuldades dos produtores e empresários – que, na maioria das vezes, desenvolvem a sua atividade em territórios distantes dos centros de decisão”.

“É uma oportunidade para definirmos metas de trabalho e percebermos quais são os desafios que se perfilam para o futuro”, defende este responsável.

O presidente da CAP acrescenta ainda que “Portugal está a um ano de assumir a presidência da União Europeia”, acrescentando que, “dentro de pouco tempo, o Governo definirá quais serão as linhas condutoras do seu mandato”.

“Consideramos que a agricultura e os agricultores, pelo papel que desempenham na coesão territorial, no ordenamento do território e desenvolvimento regional, na preservação dos ecossistemas e no combate às alterações climáticos – eixos fundamentais da política europeia –, devem ser tidos em conta na estratégia definida. Por isso, estes conselhos consultivos regionais servirão também para consolidarmos aquele que é o sentir do mundo rural, das suas necessidades e expetativas face ao contexto que vivemos e ao ano que agora começa, e transmiti-lo oportunamente ao Governo e às demais instituições”, assume Eduardo Oliveira e Sousa.

A CAP esclarece também que os conselhos consultivos regionais da confederação decorrem à porta fechada, mas está reservado um momento para perguntas e respostas com a comunicação social, que poderá também recolher algumas imagens dos encontros.

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