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Cápsula do tempo: A tragédia da ponte de Entre-os-Rios

A ponte Hintze Ribeiro tornou-se mundialmente conhecida pelos piores motivos. No dia 4 de março de 2001, um dos pilares desabou, levando à queda de parte do tabuleiro no rio Douro.
4 Abril 2017, 07h45

Pedro Araújo, sociólogo, autor da tese de doutoramento “Um Estado longe de mais. Para uma sociologia com desastres”, premiada como a melhor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra no ano letivo 2013/14, descreveu assim o acidente:  “No dia 4 de março de 2001, por volta das 21 horas e 10 minutos, o desabamento do quarto pilar da Ponte Hintze Ribeiro provoca a queda parcial da estrutura do tabuleiro da ponte. Um autocarro com 53 pessoas a bordo e três viaturas ligeiras, com seis ocupantes, são atirados para as águas turbulentas do rio Douro. Cinquenta e nove pessoas perdem a vida”.

A chuva caía intensamente nesse final de inverno e os avisos de perigo já tinham sido lançados. O desastre resultou na demissão do Ministro do Equipamento Social da altura, Jorge Coelho. O Governo decretou dois dias de luto nacional. Registaram-se ainda grandes dificuldades nas operações de busca devido às péssimas condições meteorológicas.

No local do acidente, foi construído um memorial às vítimas da tragédia de Entre-os-Rios, que consiste num anjo com 12 metros de altura e 10 toneladas de peso. Da autoria do escultor Laureano Ribatua, é a maior escultura em bronze realizada em Portugal.

A Ponte Hintze Ribeiro, que faz a travessia do rio Douro entre Sardoura, concelho de Castelo de Paiva, e Entre-os-Rios (Penafiel), tinha sido inaugurada em 1885.

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