Carlos Carreiras desmentiu, ao DN, a existência de conversações com o CDS para apoiar Assunção Cristas como candidata à Câmara Municipal de Lisboa, e escusou-se a dizer se existe a intenção de encetar essas conversações. Disse ainda que não quer “alimentar especulações que tem um objetivo claro” e que “não é o de favorecer o PSD, bem antes pelo contrário”.
As declarações do coordenador autárquico social-democrata surgem na sequência de uma notícia do Público segundo a qual o PSD está disposto a iniciar conversações com os centristas para apoiar a líder do CDS na corrida à câmara da capital. Segundo a mesma notícia a decisão teria sido tomada por Pedro Passos Coelho, que teria colocado nas mãos de Carreiras essa tentativa de entendimento com o CDS.
A hipótese de coligação com o CDS em Lisboa não foi rejeitada pelo coordenador autárquico na assinatura do acordo geral para as alianças autárquicas, na terça-feira, quando questionado sobre o assunto. Carlos Carreiras falou na necessidade de “procurar convergência” e de “apresentar projetos ganhadores do ponto de vista eleitoral”.
Até então, o coordenador autárquico social-democrata tinha falado sempre em “candidato próprio” à principal câmara do país. Tal como fontes próximas de Passos foram rejeitando a possibilidade do partido vir a apoiar Assunção Cristas. A vir a acontecer a negociação com o CDS e o apoio à líder centrista é mesmo uma reviravolta nas intenções da liderança social-democrata, pouco tempo após Pedro Santana Lopes ter rejeitado a candidatura contra o socialista Fernando Medina ao município de que já foi presidente.
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