Carlos Moedas defende que o Governo deve estabelecer “contingentes” para que os imigrantes em Portugal consigam chegar e viver com dignidade, revela o “Público” e a “Rádio Renascença”. O presidente da Câmara de Lisboa lembrou que “da Praça do Chile para baixo, até ao Martim Moniz” existe um “problema gravíssimo de sobrelotação” e que muitos imigrantes vivem em condições degradantes, em parte devido ao novo visto.
O presidente da CML lembra que a lei de estrangeiros tem mais de dez anos e que era importante que “o próprio Estado olhasse todos os anos e visse qual era o contingente de pessoas que precisávamos”.
Carlos Moedas sustenta que “Portugal precisa de imigrantes”, uma vez que “estamos a diminuir a população”, mas que é preciso que quem chega tenha regras revistas anualmente. O autarca de Lisboa acrescenta que existe “um novo visto que não faz sentido nenhum, que é para as pessoas chegarem e procurarem trabalho”, permitindo que os imigrantes procurem trabalho em Portugal durante seis meses.
“De quantas pessoas é que precisamos na agricultura, na indústria, nos serviços? Isso deveria ser publicado todos os anos e nunca foi feito. Depois de publicar esses contingentes, as pessoas vêm para Portugal se tiverem um contrato de trabalho. Temos neste momento as pessoas a chegarem a Portugal sem promessa de trabalho”, afirma ao “Público”.