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Carlos Moedas: “Todos estamos muito cansados de pagar impostos”

Mensagem do presidente da Câmara de Lisboa aponta elevada carga fiscal, reforço da competitividade com outras cidades europeias e sinal para a recuperação económica como motivos para aumentar devolução de IRS dos munícipes de 2,5% para 3%. Abstenção de vereadores socialistas foi decisiva.
  • O presidente eleito da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, à chegada para as comemorações oficiais do 5 de Outubro, Dia da Implantação da República Portuguesa, realizadas na Câmara Municipal de Lisboa, 5 de outubro de 2021. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
20 Dezembro 2021, 15h25

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, justificou o aumento da devolução do IRS para os munícipes, que passou de 2,5% para 3% com a aprovação na reunião de vereação desta segunda-feira de uma proposta da maioria de centro-direita, com a necessidade de contribuir para a recuperação económica e para a competitividade da capital portuguesa em relação a outras cidades europeias, mas numa mensagem de vídeo partilhada no Twitter criticou a carga fiscal praticada em Portugal.

“Todos estamos muito cansados de pagar impostos”, disse o social-democrata, que derrotou o incumbente socialista Fernando Medina, acrescentando que Portugal “é um dos países com maior carga fiscal na Europa” e que “temos que devolver às pessoas aquilo que é delas”.

Também na mensagem partilhada através das redes sociais, Carlos Moedas defende que a medida vai aumentar a competitividade de Lisboa “não em relação ao país, mas sim em relação a todas as cidades europeias”. E que a maior devolução de IRS aos munícipes, “num caminho de progressividade que queremos fazer de redução de impostos”, constitui um sinal “para que a economia possa reagir assim que conseguirmos sair desta pandemia”.

“Estes sinais políticos são muito importantes num momento que tem sido tão difícil para os lisboetas e para os portugueses”, acrescentou o autarca na mensagem partilhada horas depois da reunião de vereação em que a proposta foi aprovada graças à abstenção de cinco vereadores socialistas. Votaram a favor os sete eleitos da coligação de centro-direita Novos Tempos, enquanto os votos contra pertenceram a Rui Tavares, vereador do Livre, a Paula Marques, vereadora do Cidadãos por Lisboa – ambos eleitos na lista do PS -, aos dois vereadores do PCP (João Ferreira e Ana Jara) e à vereadora do Bloco de Esquerda, Beatriz Gomes Dias.

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