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Carris vai comprar 15 elétricos para expandir rede ao Parque das Nações e Cruz Quebrada

A Câmara Municipal de Lisboa lançou esta quarta-feira um concurso público para a aquisição de 15 elétricos articulados, que irão reforçar a carreira 15E. A última vez que a Carris comprou elétricos foi em 1995.
3 Abril 2019, 12h43

Numa altura em que a Câmara Municipal de Lisboa está a investir na qualidade dos transportes públicos, surge mais uma novidade para transportar mais portugueses e turistas. A Câmara Municipal de Lisboa anunciou hoje, 3 de abril, o lançamento de um concurso público para a aquisição de 15 elétricos articulado.

Esta aquisição terá um investimento de 45 milhões de euros, totalmente financiado com verbas da autarquia lisboeta. Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, João Matos Fernandes , ministro do Ambiente e da Transição Energética e Tiago Farias, presidente do Conselho de Administração da Carris, anunciaram este concurso público rodeados de elétricos, no Museu da Carris estação do Alto de Santo Amaro.

Numa publicação da rede social Twitter, Fernando Medina escreveu que este investimento vai permitir “mais que duplicar a oferta dos elétricos em Lisboa”. Na mesma rede social, o autarca publicou que os últimos elétricos foram comprados pela Carris há 24 anos, colocando uma imagem dos bilhetes utilizados em 1995.

Na apresentação do concurso, Medina explicou que a ideia é “complementar de imediato o desafio do presidente da Câmara Municipal de Oeiras e fazer a ligação à Cruz Quebrada e a Santa Apolónia”, com o elétrico articulado.

Em linha com a expansão do Metropolitano de Lisboa e com a aquisição de novos autocarros, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa diz que “este é o primeiro passo para expandir a rede de metro ligeiro do 15E até à Cruz Quebrada, no concelho de Oeiras.

“A ambição mais vasta no sistema de metro de superfície é fazer a ligação entre a colina de Alcântara, passando pelo Pólo Universitário da Ajuda, o hospital São Francisco Xavier e entrar em Oeiras – Miraflores e Linda a Velha -, e descer até à Cruz Quebrada”, explicou.

Além desta expansão no sentido Cascais, os planos também vão englobar o sentido contrário, nomeadamente Santa Apolónia e Parque das Nações. Atualmente, a maior parte dos elétricos lisboetas têm como paragem terminal a Praça da Figueira ou Martim Moniz, e no sentido contrário, a paragem terminal é Belém ou Algés.

Apesar de o primeiro passo neste projeto ser a aquisição dos novos elétricos e o segundo ser a expansão para Cruz Quebrada e Santa Apolónia, Medina sublinhou que espera “que neste mandato autárquico este ligação seja uma realidade”. Na terceira fase, o elétrico de superfície “irá cobrir a zona ocidental da cidade, nomeadamente as duas zonas com maior densidade populacional, Miraflores e Linda-a-Velha”.

O terceiro passo é denominado de LIOS (Linha Intermodal Ocidental Sustentável) e será a conjugação da rede de elétricos com a expansão do metro de Lisboa, uma vez que vai aproveitar “a extensão da linha vermelha, às Amoreiras, Campo de Ourique, Alcântara, até parar em Santo Amaro”, disse o autarca. Ainda assim, acrescentou que a ambição é que este metro chegue até à Portela e Sacavém, no concelho de Loures.

O crescimento da linha para a Cruz Quebrada aumenta dois quilómetros de carris, desde Algés. Da Praça da Figueira, em pleno Rossio, até à estação de Santa Apolónia também são dois quilómetros, enquanto que até o Parque das Nações a distância percorrida ascende aos 11 quilómetros.

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