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Carros elétricos. Antecipe custos de carregamento e utilize apoios do Fundo Ambiental

Nos três primeiros meses do ano, em Portugal, foram vendidos 4,3 mil VE’s, ultrapassando, inclusive, os congéneres a gasóleo no mês de março. Segundo a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), no panorama atual “só compensa carregar o carro [elétrico] em casa”.
20 Maio 2022, 09h50

Com o preço dos combustíveis em valores recorde, os veículos elétricos (VE’s) apresenta-se como a alternativa ideal para quem quer poupar a carteira, enquanto contribui para um futuro mais sustentável. O custo de carregar a bateria varia, não só pelas tipologias disponíveis em Portugal, mas também pelo valor da própria eletricidade.

Nos três primeiros meses do ano, em Portugal, foram vendidos 4,3 mil VE’s, ultrapassando, inclusive, os congéneres a gasóleo no mês de março. Segundo a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), no panorama atual “só compensa carregar o carro [elétrico] em casa”.

Assim, com base nos cálculos da DECO, que tiveram em consideração as taxas e impostos, os carregamentos na rede pública poderão comprometer as poupanças prometidas a quem compra um carro elétrico. Além do preço, existem vários fatores que podem comprometer a duração da bateria: deixar a bateria chegar ao fim, carregamentos com maior potência ou ‘atestar’ eletricamente o carro com frequência.

Em termos comparativos, o custo para 15 mil quilómetros por ano, com base nos carregadores da Mobi.E na rede pública para carregar o seu automóvel elétrico poderá ditar gastos de 1.188 euros, face aos 748 euros (valor mais caro) correspondentes ao carregamento em sua casa.

Caso opte por carregar o seu VE em casa, o valor por ano poderá reduzir até aos 428 euros, para tal terá de combinar o horário de carregamento com as horas de vazio, tendencialmente durante a madrugada. O valor sobe para 585 se o carregador privado for da Mobi.E no primeiro e segundo ano desde a compra do carro, 607 euros a partir do terceiro ano, 748 fora das horas de vazio e 738 com um carregador da Mobi.E no mesmo horário (de vazio).

De forma a aderir ao carregamento mais barato que, como já vimos, segundo as contas da DECO, se faz em casa, utilize os apoios do Fundo Ambiental. Para adquirir um carregador doméstico da Mobi.E, a comparticipação é de 80% pelo fundo do governo até 1.800 euros do valor de compra, 800 euros (com IVA), 80% do valor de instalação até 800 euros e, por fim, até mil euros (com IVA) por lugar de estacionamento.

Adicionalmente, o Fundo Ambiental também comparticipa em 50% o valor de compra de ciclomotores e motociclos elétricos até 500 euros, 50% (até 500 euros) na compra de uma bicicleta elétrica e, por fim, até quatro mil euros na aquisição de um automóvel elétrico com um valor de mercado até 62,5 mil euros.

Cuidados a ter com as baterias dos VE’s

  • Evite cargas completas (100%) em postos de carregamentos rápidos;
  • Defina 80% como valor máximo para postos de carregamentos rápidos, mas não abuse;
  • Defina um nível mínimo, por exemplo, 20% para carregar o carro;
  • Evite esgotar a bateria completamente. Isto faz com que a bateria perca longevidade e, consequentemente, autonomia;
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