A ASF revelou esta terça-feira que, em junho, as carteiras de investimento dos fundos de pensões em Portugal eram constituídas maioritariamente por títulos de dívida (47%) e fundos de investimento (37%).
Os valores geridos dos fundos de pensões registaram uma queda de 9,5% no segundo trimestre deste ano, comparativamente aos montantes registados no final de 2021, revelou esta terça-feira a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). As carteiras destes fundos atingiram os 21,8 mil milhões de euros sobretudo por causa da redução de 10,3% nos fundos de pensões fechados e da diminuição de 5,2% nos abertos.
Em relação ao segundo trimestre do ano passado, as contribuições para os fundos de pensões apresentaram um decréscimo de 42% entre abril e junho. Em causa está particularmente a quebra verificada nas contribuições para os fundos de pensões fechados de benefício definido, uma vez que os benefícios pagos tiveram um aumento de 4% em termos homólogos.
Segundo a ASF, “em junho de 2022, as carteiras de investimento dos fundos de pensões eram constituídas maioritariamente por títulos de dívida (47%), seguindo-se os fundos de investimento (37%)”, o que fez com que os imóveis (8%), os depósitos bancários (4%) e as ações (4%) continuassem a ser as categorias com menos peso neste conjunto.
“No mesmo período, o número de fundos de pensões sob gestão não se alterou, apesar da extinção de dois fundos de pensões, que foi compensada pela constituição de outros dois fundos de pensões”, apontou o supervisor liderado por Maria Margarida Corrêa de Aguiar, no relatório divulgado esta tarde.
Em 2021, o montante gerido pelos fundos de pensões subiu 4,7% para mais de 24 mil milhões de euros e o número de fundos de pensões sob gestão passou de 234 para 240 devido à constituição de nove fundos (cinco fundos PPR, três fundos abertos de adesão coletiva e individual e um fundo fechado) e à extinção de três fundos de pensões fechados.
