A Casa Branca anunciou esta quinta-feira que irá começar a colocar um milhão de barris por dia (bpd) de petróleo oriundos das suas reservas nos próximos seis meses, de forma a responder à pressão criada no mercado energético pela invasão russa da Ucrânia e subsequentes disrupções e sanções.
O comunicado de Washington começa por referir que “os americanos têm enfrentado preços crescentes nos postos de abastecimento por causa da escalada de preços de Putin”, pelo que a administração Biden anunciou esta quinta-feira um plano de duas fases para combater estes efeitos na maior economia do mundo.
A primeira fase passará por “aumentar imediatamente a oferta ao tentar por todos os meios incentivar a produção doméstica e por uma libertação histórica de reservas estratégicas”, explica a comunicação da presidência norte-americana. Este aumento de produção passará por um incentivo a que as grandes companhias do sector energético utilizem a sua capacidade instalada, passando a pagar taxas por cada poço ou terreno não produtivo.
Estas reservas visam fazer a ponte entre a situação atual e um futuro próximo em que as grandes empresas petrolíferas “terão de escolher entre começar a produzir ou pagar um preço por cada poço inativo e hectare não utilizado”, pode-se ler na nota. Confirmando-se o ritmo de libertação de reservas anunciado esta quinta-feira, o mercado poderá ver mais 180 milhões de barris norte-americanos até setembro.
A estratégia visa combater a relutância demonstrada pelos grandes grupos de energia em aumentar a produção, com a Casa Branca a sublinhar que um diretor executivo do sector reconheceu que, mesmo que o barril chegue aos 200 dólares (180,42 euros), não subiria o output.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que Putin assinou o decreto obrigando ao pagamento de encomendas energéticas em rublo, uma decisão que a Europa apelida de ‘chantagem’. Por sua vez, o Kremlin argumenta que esta é a resposta à utilização pelo Ocidente do sistema financeiro internacional como uma arma.
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