Uma grande parte dos casais prolonga a sua relação devido aos problemas financeiros que enfrentam, conclui uma análise setorial realizada pela Intrum Justitia,
Nesta análise, realizada poucos dias antes do dia dos namorados e desenvolvida pela Intrum Justitia, a partir de dados recolhidos numa pesquisa realizada em simultâneo, em 21 países, 20% dos casais em Portugal afirma que as razões económicas são um dos motivos para manterem ou prolongarem o seu relacionamento.
Este valor é apenas ultrapassado pela Suíça (24%), Espanha (23%), Polónia (22%), Bélgica (27%) e França (39%).
Nos países da Europa do Norte e Central, como a Estónia (5%), República Checa (9%), Dinamarca (10%), Noruega (10%) e Eslováquia (10%), a percentagem de casais que prolongam o casamento devido aos problemas financeiros, diminui.
De acordo com Luís Salvaterra, diretor-geral da Intrum Justitia, “na análise que fizemos comprovamos que o prolongamento das relações existe e que os problemas financeiros influenciam o prazo de adiamento da formalização do divórcio”.
“Grande parte destes casais têm créditos bancários que não conseguem liquidar e em caso de separação, cada um dos membros continua a ser responsável pelas dívidas existentes. O divórcio traz grandes desafios à gestão do dinheiro e esta gestão tem de estar enraizada nos padrões de vida das pessoas, desde pequenos”, acrescenta o responsável.
Para Luís Salvaterra, “assumir a responsabilidade pelas finanças pessoais e consumir com moderação, juntamente com a plena compreensão das consequências de uma dívida, são questões muito relevantes e têm uma grande influência no momento da separação”.
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