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Caso BES: Ministério Público pede averiguação a eventual coação a José Castella

José Castella disse em tribunal ter-se sentido “condicionado” pelo supervisor durante uma inquirição feita pelo Banco de Portugal em 2014. Ministério Público pede averiguação sobre eventual coação sobre testemunha-chave no caso BES. Defesa de Ricardo Salgado pede que depoimento do ‘commisaire aux comptes’ no BdP seja considerado inválido.
  • BES Av Liberdade Lisboa
7 Setembro 2017, 17h36

O Ministério Público pediu a averiguação de uma eventual coação a José Castella, o antigo ‘comissaire aux comptes’ das holdings do Grupo Espírito Santo, aquando da sua inquirição pelo Banco de Portugal, em setembro de 2014. A notícia foi hoje avançada pela agência Lusa.

O antigo responsável financeiro das holdings do Grupo Espírito Santo afirmou durante o seu testemunho no julgamento dos pedidos de impugnação às contraordenações aplicadas pelo BdP a Amílcar Morais Pires que, em setembro de 2014, se sentiu “condicionado” pelo aviso de que se não colaborasse seria constituído arguido. Face a estas declarações, a procuradora do Ministério Público pediu a extração dessas partes do depoimento, com o objetivo de averiguar a existência de um eventual crime de coação.

De acordo com  a Lusa, José Castella terá afirmado em tribunal que não foi informado pelos instrutores do processo do BdP do direito que lhe assistia de não responder às questões colocadas, no caso de as suas declarações o incriminarem. O antigo ‘controller’ do GES terá ainda afirmado que se sentiu condicionado a responder, “uma vez que o instrutor Ricardo Sousa, depois de iniciado o seu depoimento, o avisou de que devia colaborar ou seria constituído arguido”.

Defesa de Salgado diz que declarações de Castella invalidam depoimento feito ao BdP

A defesa de Ricardo Salgado considera que a declaração de José Castella sobre o alegado condicionamento por  parte do supervisor “invalida” o depoimento e demonstra “falta de imparcialidade” do BdP no caso BES.

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