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Caso de ingerência russa nas presidenciais dos EUA pode dar hoje origem às primeiras detenções

Fontes próximas do processo indicam que o grande júri federal convocado pelo conselheiro especial a cargo da investigação, Robert Mueller, emitiu as suas primeiras acusações formais este fim de semana e as primeiras detenções podem acontecer já esta segunda-feira.
  • FILE PHOTO – U.S. President Donald Trump and his senior advisor Jared Kushner arrive for a meeting with manufacturing CEOs at the White House in Washington, DC, U.S. February 23, 2017. REUTERS/Kevin Lamarque/File Photo
30 Outubro 2017, 12h47

Os primeiros mandatos de detenções no âmbito da investigação à ingerência russa nas eleições presidenciais, que conduziram Donald Trump à liderança política dos Estados Unidos, estão “iminentes”. Fontes próximas do processo indicam que o grande júri federal convocado pelo conselheiro especial a cargo da investigação, Robert Mueller, emitiu as suas primeiras acusações formais este fim de semana e as primeiras detenções podem acontecer já esta segunda-feira.

As acusações formais surgem quase um ano depois de o republicano Donald Trump ter derrotado a candidata democrata, Hillary Clinton, ao conquistar 276 delegados no Colégio Eleitoral. As autoridades acreditam que houve interferência de Moscovo nas eleições, com alegado conluio da equipa de Donald Trump. Em agosto, Robert Mueller convocou o grande júri federal para abrir caminho a possíveis acusações formais, que a revista ‘Newsweek’ acredita já terem sido assinadas.

A revista dá conta de que durante o fim de semana o grande júri federal terá produziu as suas primeiras acusações formais, bem como os mandados de detenção com a aprovação do vice-procurador-geral Rod Rosenstein. Paul Manafort, que chefiou a campanha de Trump até agosto do ano passado, é apontado com um dos principais arguidos neste processo. A sua casa terá sido alvo de buscas apenas quatro dias antes de Robert Mueller convocar o grande júri.

Donald Trump já reagiu a esta revelação dizendo que toda esta conversa sobre a Rússia surge para abafar os cortes fiscais e reformas históricas que estão a ser implementados pelos republicanos. “Será coincidência?”, questiona o presidente na rede social Twitter.

Embora a ligação com a Rússia durante as eleições tenha sido negada por Donald Trump, a revelação de que o seu filho, Donald Trump Jr., e o seu genro, Jared Kushner, se terão encontrado com diplomatas russos, que alegavam ter informações comprometedoras sobre a candidata democrata, Hillary Clinton, vieram adensar as suspeitas que recaíam sobre o ex-magnata.

Nos crimes em causa podem ainda figurar crimes de obstrução à Justiça e potenciais crimes financeiros. Fontes próximas do processo referem que há indícios de que Donald Trump terá tentado suspender a investigação ao Conselho de Segurança Nacional da Administração Trump, Michael Flynn, pressionando o antigo presidente do FBI, James Comey, que veio mais tarde a demitir-se por se recusar a ceder a pressões para parar a investigação.

 

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