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Catalunha: Puidgemont avaliou sobrevivência da nação antes da independência

“Associação Independente e Económica da Catalunha e Europa: Cenários Possíveis” é nome do documento elaborado pelo Governo Regional de Puidgmont que avalia a sobrevivência política e económica de uma Catalunha independente.
  • Yves Herman/Reuters
21 Novembro 2017, 11h34

Um documento elaborado pelo Governo Regional da Catalunha, a Generalitat, utilizou os exemplos da República Turca do Norte de China, Taiwan e Kosovo para considerar válida a independência da Catalunha e estabelecer uma saudável relação entre uma república catalã e a Europa.

O relatório da Generalitat, cujas propostas e previsões deveriam vigorar desde a proclamação da independência da Catalunha, analisa, segundo o El mundo, o posicionamento da Catalunha dentro da União Europeia e deveria de ter servido para “obrigar” Espanha a negociar com o Governo de Carles Puidgemont as circunstâncias económicas e os interesses de multinacionais.

O documento defende que “a Catalunha seria a 14.ª potência económica da União Europeia”. O seu PIB colocaria a nação mais a leste da Península Ibérica atrás da Dinamarca mas à frente de países como Finlândia, Irlanda, Grécia e outros 18 estados europeus. Mais, uma Catalunha independente ficaria “à frente de Itália e Espanha”, no que respeita a rendimentos per capita.

“Apesar do protesto de Madrid, dezenas de empresas privadas e internacionais têm interesse em investir” na Catalunha, prossegue o relatório defendendo que a consultora Ernst & Young considera aquela região “a quarta mais dinâmica” de toda a Europa. Apenas Londres, Paris e Darmstad, na Alemanha, têm melhor cotação.  É ainda referido  que um dos objetivos da Catalunha, enquanto república, seria o de criar novos trâmites legais e fiscais mais favoráveis para a criação de empresas.

O documento sustém ainda a ideia de que a “médio e longo-prazo a Catalunha beneficiaria” com a independência, esboçando três cenários possíveis: a de a Catalunha não ser reconhecida nem por Espanha nem pela UE; a do estado da Catalunha ser reconhecido por todo o mundo; e o cenário da independência catalã não ser reconhecida por Espanha, mas ser aceite por alguns países europeus.

O primeiro cenário foi o mais desenvolvido. Segundo o El Mundo, embora o relatório reconheça a situação como “incomum e surreal”, o Governo de Puidgemont  conluiu que Espanha não pode continuar “a ignorar o clamor popular”.

O documento “Associação Independente e Económica da Catalunha e Europa: Cenários Possíveis” encontra-se agora nas mãos do 13.º Tribunal de Instrução de Barcelona.

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