Catarina Martins contra “Estado pessoa de bem” apenas para a “elite do privilégio”

“Não posso deixar de assinalar a frase muito infeliz do ministro João Galamba ao dizer que, como o Estado é uma pessoa de bem, teria de manter os prémios milionários na TAP”, criticou, em declarações aos jornalistas, Catarina Martins.

João Relvas/Lusa

A coordenadora do BE criticou este sábado a frase “muito infeliz” do ministro João Galamba sobre o bónus da presidente da TAP, recusando um “Estado pessoa de bem para a elite do privilégio”, mas que corta direitos laborais “sem pestanejar”

“Não posso deixar de assinalar a frase muito infeliz do ministro João Galamba ao dizer que, como o Estado é uma pessoa de bem, teria de manter os prémios milionários na TAP”, criticou, em declarações aos jornalistas, Catarina Martins, após a reunião da Mesa Nacional do BE que decorreu ao longo de todo o dia em Lisboa.

A líder do BE referia-se às declarações de sexta-feira do ministro das Infraestruturas que defendeu que “o Estado é pessoa de bem” e vai cumprir o que foi acordado relativamente ao bónus da presidente da TAP, se o processo de reestruturação da companhia aérea for bem-sucedido.

“Esse Estado pessoa de bem cortou mais de 20% nos salários dos trabalhadores da TAP, despediu trabalhadores, não renovou contratos quando havia toda a expectativa”, condenou a líder do BE.

Por isso, Catarina Martins não aceita “que haja um Estado pessoa de bem para a elite do privilégio e um Estado que acha que pode cortar nos direitos de quem trabalha sem sequer pestanejar”.

Sobre a comissão de inquérito proposta pelo BE à tutela política da gestão da TAP, que foi sexta-feira aprovada no parlamento, a coordenadora bloquista disse esperar que “possa determinar responsabilidades políticas claras nas decisões que foram tomadas”.

“E que possa ser uma comissão de inquérito que não só avalia o que foi feito, mas também permita criar novos padrões na forma como o Estado se comporta nestes processos e nas empresas públicas”, defendeu.

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