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Catarina Martins defende mais apoios devido a maiores restrições na passagem de ano

A líder do Bloco pediu responsabilidade aos portugueses para que preservem a sua saúde e, por consequência, também a do Sistema Nacional de Saúde, cuja capacidade de resposta deve estar garantida, especialmente numa altura em que surgem notícias internacionais de uma nova estirpe possivelmente mais contagiosa do coronavírus causador da Covid-19.
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    António Cotrim/Lusa
21 Dezembro 2020, 12h06

Catarina Martins pede mais apoios à restauração, um dos sectores mais afetados pela pandemia e que incorre agora em mais perdas depois da alteração das medidas de contenção originalmente anunciadas para o final do ano. Em declarações na manhã desta segunda-feira, a coordenadora do Bloco mostrou-se preocupada com a possibilidade de uma nova estirpe do coronavírus chegar a Portugal, pedindo responsabilidade aos portugueses para protegerem a sua saúde o Sistema Nacional de Saúde (SNS).

Lembrando que “os apoios anunciados para a primeira fase de restrições ainda não chegaram ao terreno” e que foram pedidos aos restaurantes “investimentos para jantares de Ano Novo” que não se poderão agora realizar “em nome da saúde pública”, Catarina Martins defendeu que “a sobrevivência do sector e dos trabalhadores exige medidas de apoio ao mesmo tempo que se anunciam as restrições”.

Para a líder do BE, a “mudança entre o que estava planeado e o que vai acontecer obriga a mais apoios”, dado o forte impacto que se tem sentido na restauração e hotelaria.

“Portugal é dos países mais afetados pela pandemia em que, infelizmente, menos se tem investido na resposta à crise sanitária, social e económica que aa pandemia provoca e achamos que é absolutamente essencial fazer chegar apoios ao terreno”, argumentou.

Catarina Martins reconheceu ainda o “absurdo” que seria uma fiscalização ativa e ao domicílio por parte das autoridades durante a quadra natalícia e apelou a que haja “um esforço de cada um” para proteger as populações mais vulneráveis e, assim, proteger também a capacidade de resposta do SNS.

“É preciso que todos compreendamos os riscos e que se façam as melhores opções para proteger a saúde de todos e de cada um, que as famílias se organizem a pensar na saúde daqueles que estão mais frágeis, mais vulneráveis ao vírus”, pediu a líder bloquista.

Questionada sobre a nova estirpe detetada no Reino Unido, que aparenta ser até 70% mais contagiosa do que a mais comum na Europa, Catarina Martins reconhece que esta “é um fator de preocupação” e, como tal, torna-se ainda mais importante uma resposta eficiente, que passa por uma boa comunicação e pela identificação dos riscos específicos associados a cada região e concelho.

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