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Catarina Martins diz que relação do BE com o Governo está a atravessar “momento difícil”

Em causa está a decisão de deixar cair a proposta bloquista de incluir no Orçamento de Estado para o próximo ano (OE2018) uma nova taxa sobre as energias renováveis.
  • Cristina Bernardo
30 Novembro 2017, 20h54

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, afirmou esta quinta-feira que a relação do partido com o Governo de António Costa está a viver um “momento difícil”. Em causa está a decisão de deixar cair a proposta bloquista de incluir no Orçamento de Estado para o próximo ano (OE2018) uma nova taxa sobre as energias renováveis.

“É um momento que eu diria que é difícil porque comprova que o lobby das elétricas é poderoso demais para as políticas que contam e o Partido Socialista (PS) é permeável a estas imposições e não teve a coragem de dar o passo que tinha acordado com o Bloco de Esquerda de fazer um pouco mais de justiça”, afirma Catarina Martins, em declarações à RTP.

A proposta apresentada pelo Bloco de Esquerda (BE) de impôr uma contribuição a ser paga pelas empresas do setor das energias renováveis tinha sido já aprovada na sexta-feira em sede de especialidade com o voto favorável do PS.

A medida viria a cair por terra na votação final do Orçamento de Estado para o próximo ano (OE2018) , depois de o PS ter mudado a sua intenção de voto e se ter juntado ao CDS, com a abstenção do PSD. A medida recebeu os pareceres favoráveis do BE, PCP, Verdes e PAN.

No entanto, Catarina Martins não se dá por vencida e anunciou que o partido vai insistir na criação de uma taxa sobre as empresas de energia renovável, com vista a que a medida seja aplicada durante o próximo ano.

“Achamos que há no PS quem concorde connosco”, afirma a coordenadora do BE. “Não é só o BE que quer descer as rendas da energia. Há tanta gente que sabe que isso é essencial e nós achamos que essa medida não tem só que ter os votos do BE e do Partido Comunista Português (PCP). Há muitos socialistas que percebem essa necessidade e é preciso passarmos das palavras aos atos e começar a cortar nas rendas excessivas”.

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