Cavaco recusa ideia de “tempo de facilidades” apesar do país estar melhor

O Presidente da República considerou hoje que a situação de Portugal é melhor porque não foi necessário um segundo resgate, mas alertou para os grandes desafios que o país tem pela frente, recusando a ideia de “tempo de facilidades”. “Nós continuamos a ter grandes desafios à nossa frente, não temos à nossa frente um tempo […]

O Presidente da República considerou hoje que a situação de Portugal é melhor porque não foi necessário um segundo resgate, mas alertou para os grandes desafios que o país tem pela frente, recusando a ideia de “tempo de facilidades”.

“Nós continuamos a ter grandes desafios à nossa frente, não temos à nossa frente um tempo de facilidades e para vencer os desafios que temos à nossa frente temos que apostar acima de tudo na iniciativa privada, no investimento privado”, disse o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, no início de um encontro com empresários portugueses estabelecidos em Moçambique, que decorreu num hotel de Maputo.

Apontando a conclusão do programa de assistência financeira como “o acontecimento mais relevante” em Portugal em 2014, Cavaco Silva reconheceu que a situação do país “é hoje muito diferente para melhor porque não foi necessário um segundo resgate”.

“Quem analisar a situação de uma forma séria e aprofundada não terá dúvidas quanto a isso, Portugal seria hoje um país muito diferente se tivesse sido obrigado a recorrer a um segundo resgate”, frisou, argumentando que tal deve ser tido em consideração, pois há um ano não se anteciparia que Portugal iria emitir obrigações a 30 anos a uma taxa de juro de quatro por cento e que a taxa de juro das obrigações a 10 anos desceria a 2,44 por cento.

Tais resultados, acrescentou, não têm apenas que ver com a atuação do Banco Central Europeu e a sua política mais ativa de injeção de liquidez nas economias, mas também com o reforço da confiança e da credibilidade de Portugal junto dos mercados internacionais.

“Se tivéssemos tido um segundo resgate não tenho a mínima dúvida que hoje as taxas de juro não teriam muito longe daquelas que a Grécia paga nos tempos que correm”, enfatizou.

OJE/Lusa

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