O antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva defendeu que não há margem para dúvida sobre a inconstitucionalidade da lei da eutanásia, em declarações à “Rádio Renascença”. “A legalização da eutanásia não respeita o espírito da Constituição”, referiu.
Cavaco Silva criticou “o modo displicente como alguns dos nossos políticos tratam a retirada da vida a um ser humano”. “É condenável e assustador”, considerou. O antigo Chefe do Estado referiu que “autorizar por lei um médico a matar outra pessoa é um salto no desconhecido extremamente perigoso”.
“Em alguns países europeus têm sido reportados casos de pressões sobre idosos e doentes para que aceitem ser mortos. Os mais velhos e os doentes são os mais frágeis”, acrescentou Cavaco Silva.
Na quarta-feira, 30 de novembro, será votado na especialidade o diploma que regulamenta a morte medicamente assistida, na comissão parlamentar de assuntos constitucionais, liberdades e garantias. Depois, segue-se a votação final global em plenário e a avaliação por parte de Belém.