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Cazaquistão vai mudar de alfabeto e prevê gastar 754 milhões de euros no processo

O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbaev, decidiu esta semana que o país vai mudar de alfabeto, trocando o cirílico pelo latino, até 2025. Processo de transição deverá custar 754 milhões de euros. Relações económicas com países ocidentais poderão ser beneficiadas.
28 Abril 2018, 16h03

O Cazaquistão, um dos país com maior área territorial do mundo (e antigo membro da URSS), vai deixar de utilizar o alfabeto cirílico, optando pelo alfabeto latino, o que poderá beneficiar as relações económicas e culturais com os países ocidentais. A decisão do presidente Nursultan Nazarbaev foi anunciada esta semana, estando planeado um processo de transição até 2025 que deverá custar 754 milhões de euros.

“É um objetivo ambicioso numa nação em que a maioria da população é mais fluente na língua russa do que na língua cazaque”, salienta a BBC. De acordo com os censos nacionais de 2016, a etnia cazaque representa cerca de dois terços da população do Cazaquistão, ao passo que a etnia russa totaliza cerca de 20%. Contudo, após décadas de integração na URSS, quase 94% da população é fluente na língua russa, mais do que os 74% que são fluentes na língua cazaque.

A mudança de alfabeto é assim entendida também como uma forma de autonomização relativamente à Rússia e ao legado da URSS. Aliás, várias ex-repúblicas socialistas soviéticas trocaram o cirílico pelo latim logo após a desintegração da URSS, nomeadamente o Azerbaijão e o Turqumenistão. Quase três décadas mais tarde é a vez do Cazaquistão seguir o mesmo caminho, num processo que deverá custar 754 milhões de euros. De acordo com a BBC, a mudança poderá beneficiar as relações económicas e culturais com os países ocidentais, em detrimento da Rússia.

 

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