O CDS-PP desafiou o primeiro-ministro, António Costa, a aplicar as regras do questionário para futuros governantes preencherem aos “atuais governantes”.
“Se o primeiro-ministro está realmente preocupado com a credibilidade do governo e a idoneidade das escolhas que lhe competem, não pode exigir menos aos governantes que queira convidar no futuro, do que em relação aos que já desempenham funções”, considera o partido liderado por Nuno Melo, em comunicado,
O desafio dos democratas centristas a Costa é lançado “tendo em conta 13 substituições de governantes em 9 meses, envolvidos em casos de natureza institucional e mesmo com relevância criminal”.
O CDS-PP aponta ainda que se “a existência de prévias investigações criminais deve ser um critério na escolha de futuros governantes, por maioria de razão e de acordo as mesmas regras, a existência de investigações criminais contra atuais governantes deverá ser critério para o seu afastamento imediato da vida política”.
Além do CDS-PP, também o líder do PSD propôs o mesmo desafio ao chefe de Governo. “Se ele [o primeiro-ministro] acha que trabalhar com ele é preciso responder aquele questionário, então a primeira coisa que ele tem de fazer é dar já a quem já está a trabalhar com ele a folha para ser preenchida, para ele verificar se está ou não em condições de garantir a confiança daqueles que trabalham com ele”, disse Luís Montenegro, em Vagos.
Na sexta-feira, foi divulgado o questionário com 36 perguntas para futuros governantes. As questões prendem avaliar questões de natureza profissional ou financeira do candidato e alargam-se também aos membros do agregado familiar, nomeadamente para avaliar se existem ligações empresariais que possam gerar um conflito ético.