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CDS marca debate sobre gestão da CGD: “Governo tem papel pouco ativo no apuramento dos factos”

Em declarações ao Jornal Económico, o porta-voz do CDS, João de Almeida, defende que “há aqui também uma responsabilidade do Banco de Portugal, já que há um conjunto de funções enquanto supervisor que continuou a estar fora de detetar e a tempo útil”.
  • Autarquicas 2017
22 Janeiro 2019, 16h55

O CDS marcou um debate de atualidade no Parlamento, para esta quinta-feira, sobre a gestão da Caixa Geral de Depósitos (CG). Após a divulgação da auditoria da EY à instituição financeira, os centristas querem esclarecimentos do Governo, a quem acusam de ter um papel “pouco ativo” no apuramento dos factos.

Em declarações ao Jornal Económico, o porta-voz do CDS, João Almeida, defendeu que “o Governo tem aqui uma responsabilidade dupla: enquanto acionista que deve ter um papel mais ativo de responsabilidade e enquanto legislador” sobre a reforma da supervisão financeira.

A auditoria da EY aos empréstimos problemáticos concedidos pela CGD durante os anos de 2000 a 2015, divulgada esta segunda-feira, revelou nomeadamente a perda de elevados montantes com a concessão de créditos aprovados com parecer de análise de risco desfavorável ou condicionado. O documento, a que o Jornal Económico teve acesso, foi dado originalmente a conhecer neste domingo, 20 de janeiro, pela comentadora da CMTV, Joana Amaral Dias no “CM Jornal 20h”.

João Almeida realça que a informação da auditoria à gestão no banco público não foi recebida formalmente pelos deputados e “não porque no âmbito da Comissão à gestão da CGD, o Tribunal não deu razão ao Parlamento”. No entanto, defendeu que no seu partido “há muito tempo que nos debatemos para que esses factos sejam conhecidos e escrutinados”.

“Vemos no Governo uma atitude muito passiva. Não tem um papel ativo no sentido de apuramento dos factos”, disse ao JE. “Há aqui também uma responsabilidade do Banco de Portugal, já que há um conjunto de funções enquanto supervisor que continuou a estar fora de detetar e a tempo útil”, concluiu.

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